Fluxo intenso na menstruação: ginecologista explica se é normal

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A menstruarão não é uma experiência idêntica para todas as pessoas com útero. Algumas praticamente não sentem cólica, enquanto outras sentem; algumas sentem mais os sintomas da TPM do que outras; e algumas têm um fluxo mais intenso na menstruação do que outras.

Apesar de essas diferenças serem naturais, existem sim aquelas que devem preocupar. E os fluxos intensos demais, são um exemplo disso. Para ser considerado como tal, é preciso usar 16 ou mais absorventes durante o ciclo.

Caso esse seja o seu caso, é preciso procurar um médico, já que isso pode se tratar de um Sangramento Uterino Anormal (SUA), condição que pode levar a vários problemas.

“Muitas consequências e complicações podem surgir de um fluxo menstrual muito intenso e longo, como a anemia, por perda de nutrientes com o sangramento em excesso, desconforto e dor, além de poder ser um alerta para complicações futuras como miomas uterinos, pólipos, distúrbios de coagulação ou problemas hormonais”, alerta a ginecologista Viviane Monteiro

Uma em cada 10 mulheres sofrem de SUA, de acordo com um estudo apresentado pela empresa química e farmacêutica Bayer à Agência Nacional de Saúde. Porém, mais da metade delas não sabem disso, o que dificulta um tratamento adequado.

Tratamento

Primeiramente, é preciso ressaltar que mulheres que têm um fluxo menstrual muito intenso devem buscar um ginecologista o mais rápido possível, já que dependendo do caso isso pode até afetar sua qualidade de vida.

O único tratamento disponível para SUA no Sistema de Saúde Suplementar é invasivo. Trata-se da histerectomia, que consiste na retirada do útero, podendo atingir ovários e trompas, dependendo da gravidade. Porém, especialistas de saúde apontam que a escolha do método contraceptivo também pode ajudar muito.

O Dispositivo Intra-Uterino (DIU) hormonal, por exemplo, é muito útil para auxiliar no combate ao sangramento excessivo. “O DIU é uma opção de tratamento que pode ser eficaz para ajudar a controlar o sangramento excessivo da menstruação, além de não ser tão invasivo como uma cirurgia. O DIU pode reduzir o fluxo em até 98%. Os hormônios presentes no DIU atuam diretamente no útero, afinando o revestimento, que diminui o fluxo e também as cólicas”, destaca Dra Viviane.

Fonte: Saúde em Dia

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