FIFA regulamenta agentes de futebol; entenda o que vai mudar

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A nova regulamentação altera os incentivos dos agentes, penalizando as transferências excessivas ou caras e recompensando aqueles que garantem salários mais altos aos seus clientes.

No final do ano passado, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) introduziu novas regulamentações para melhorar os padrões dos agentes de jogadores. As mudanças tinham como objetivo abordar questões sérias, como corrupção, tráfico de atletas e outras atividades ilegais, mas afetarão o ecossistema do esporte como um todo.

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O período de transição para essas regulamentações encerrou-se em outubro, o que significa que a próxima janela de transferências de inverno de 2024 será a primeira a refletir totalmente seu impacto. Segundo o Regulamento de Agentes de Futebol da FIFA (FFAR), as comissões dos agentes estão agora limitadas, e as taxas de serviços devem ser custeadas pelos próprios jogadores que estão sendo representados, não mais pelos clubes envolvidos.

A nova regulamentação altera os incentivos dos agentes, penalizando as transferências excessivas ou caras e recompensando aqueles que garantem salários mais altos aos seus clientes. Para ilustrar, antigamente, os agentes de jogadores recebiam comissões altas por cada transferência, o que incentivava alguns deles a pressionar os atletas a trocar de clube com frequência, mesmo que isso não fosse do interesse dos próprios jogadores. No entanto, agora, as comissões são vinculadas aos salários dos jogadores.

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A FIFA afirma que “O FFAR garante que os agentes não tenham mais incentivos financeiros extremos para acelerar as transferências” e “vincular a taxa de serviço de um agente ao salário de um cliente garante que os interesses estejam completamente alinhados”. A nova regulamentação pode beneficiar os jogadores jovens, aumentando seus salários, e pressionando os clubes a reduzir as taxas de transferência.

A outra grande mudança é a necessidade de registro dos profissionais, que agora requer que eles passem em um exame e apresentem documentos à federação. Isso, de fato, representa um retorno ao sistema anterior a 2015, quando eles precisavam de licenças. No entanto, isso pode criar um obstáculo temporário, já que alguns jogadores podem ter agentes não registrados e, portanto, não poderão assinar acordos até que a situação seja regularizada.

Críticas e elogios à nova regulamentação

A FIFA afirma que “o feedback dos envolvidos no futebol em relação ao FFAR tem sido esmagadoramente positivo” e que estão abertos ao diálogo sobre possíveis emendas futuras. No entanto, alguns dos maiores agentes, que seriam os mais afetados pelo limite de comissão, se manifestaram contra ele.

Alguns criticam a necessidade do exame, mas outros agentes, como Lee Dong-jun, da DJ Management, apoiam, afirmando que os jogadores podem reconhecer que um profissional qualificado é uma “pessoa verdadeira” e que “antes das novas regras, apenas pessoas com redes de contatos podiam vencer esse jogo”. Além disso, os agentes são incentivados a explorar oportunidades comerciais para seus clientes, e alguns podem até considerar a possibilidade de adquirir pequenos clubes europeus como uma maneira de lucrar ao trazer jogadores de outros continentes para as ligas europeias.

Como todas as mudanças, os efeitos colaterais das regras da FIFA no ecossistema do futebol podem ser difíceis de prever, mas é necessário lembrar que essas mudanças foram principalmente introduzidas para proteger os jogadores contra a exploração.

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