Uma das principais lideranças gamers do Brasil, Gabriel Machado, conhecido por sua comunidade como Machadinho, utiliza os games como forma de inclusão e de combate ao capacitismo. Essa junção de prazer de jogar com conscientização social também transformou Machadinho em um empreendedor dos e-sports. No próximo dia 10 de novembro, ele dá mais um passo nessa trajetória com a realização da segunda edição da Copa PCD.
O evento, criado em 2021 junto com a intérprete Kysseja, idealizadora do projeto Libras nos Esports, e apoio do SBT Games e Maratona Teleton, ganha sua segunda edição. “Ele foi criado para divulgar, incentivar e chamar a atenção para PCDs no mercado de games em geral. Além disso, ele também tem o objetivo de arrecadar fundos para a ACCD”, explica Machadinho.
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A Copa PCD conta com quatro times, todos formados exclusivamente por PCDs. “Eu dei prioridade aos capitães dos times serem criadores de conteúdo e conhecidos no cenário. Além disso contamos com o apoio do pessoal do Libras no Esportes que vão trazer a tradução em libras ao vivo da apresentação do campeonato e entrevistas. Devido a velocidade de informações dentro do jogo e da transmissão fica quase impossível de fazer a tradução no meio do jogo”, explica.
À Forbes Brasil, Machadinho destaca o papel dos games como forma de inclusão.
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Forbes Brasil – Como você vê o avanço da inclusão PCD nos games e esports brasileiros?
Machadinho – Estamos em uma evolução gradativa, vendo cada vez mais marcas investindo na causa, infelizmente algumas só se aproximam ou se tornam parceiras em épocas comemorativas, mas temos cada vez mais projetos voltados para PCDs que trabalham especificamente no cenário gamer e aos poucos estamos mudando esse contexto.
FB – Quais os desafios ainda a serem superados?
Machadinho – A meu ver o capacitismo alheio, a falta de oportunidade de trabalho e incentivo por falta de números no engajamento e comunidade são algumas das principais barreiras. É importante apoiar, fomentar e entender as necessidades, mas também o nosso potencial.
FB – Qual o cenário em relação a patrocínios e investimentos?
Machadinho – As marcas estão cada vez mais tentando apoiar projetos para PCDs como a live de arrecadação da AbleGamers no qual a W7M entrou como parceiro, também a Exitlag com o Exitlag Unite. Fico muito feliz de ver cada vez mais empresas abraçando as causas, mas sinto que ainda falta uma comunicação mais direta para explicar a importância de tudo.
FB – Você se tornou uma grande voz da inclusão no ecossistema, como você define essa responsabilidade e o que você diria para outros PCDs que também querem se engajar com os games?
Machadinho – Eu defino essa responsabilidade com algo que eu sempre busquei desde o começo da minha carreira como criador de conteúdo. Comecei lá em 2017 e não tinha uma representatividade para me abraçar, então pensei comigo mesmo porque não me tornar essa representatividade” para assim outros PcD’s me usassem como inspiração. O que eu sempre digo para quem me pergunta como começar é “nunca deixe ninguém dizer do que você é capaz, pois só você sabe a sua capacidade”.
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