Você provavelmente não presta muita atenção ao elevador do edifício em que mora ou trabalha, exceto quando ele quebra. No entanto, esse é um dos itens mais caros e sensíveis de qualquer obra. Para facilitar e baratear a instalação desse equipamento, a Atlas Schindler, filial de uma empresa suíça fundada em 1874, trouxe um robô da matriz para ajudar no processo.
Um elevador sobe e desce guiado por trilhos verticais fixados nas paredes do poço, por onde se movimenta. Segundo o engenheiro Flávio Silva, presidente da Schindler na América Latina, o robô permitirá a instalação desses trilhos mais rapidamente e de maneira mais precisa, reduzindo custos de obra. “O robô pode reduzir em até 65% o tempo necessário para instalar os elevadores”, diz ele. A primeira utilização será em um edifício na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.
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As outras inovações da empresa, com faturamento no Brasil estimado em R$ 2,2 bilhões para este ano, estão mais ligadas à manutenção dos elevadores já instalados, que se tornaram um dos itens de segurança imprescindíveis. Edifícios residenciais modernos não têm porteiros nem zeladores residentes, e até mesmo os síndicos são terceirizados. Isso aumenta a necessidade de vigilância e controle.
Silva diz que a Schindler está investindo no monitoramento remoto dos elevadores instalados, apostando na manutenção preventiva, que permite agendar visitas técnicas antes de os problemas ocorrerem. O sistema avisa quando é preciso fazer reparos e define as visitas dos profissionais, o que já causou algumas surpresas.
“Tivemos o caso de um síndico que chamou a polícia quando nosso técnico apareceu”, relata o executivo. “Ninguém havia solicitado uma visita de manutenção, e ele pensou que era tentativa de assalto. Felizmente, tudo se esclareceu com um telefonema.”
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A companhia está há 105 anos no Brasil. Sua primeira unidade, uma fábrica na região do Canindé, zona central de São Paulo, foi fundada em 1918 como Elevadores Atlas, e ainda está em operação. “Temos de produzir peças para os elevadores mais antigos, instalados no século passado, e que ainda funcionam”, diz Silva. A empresa suíça estabeleceu-se no Rio de Janeiro em 1937 e, seis décadas depois, comprou o controle da Atlas. Atualmente, a companhia possui três unidades fabris.
(Reportagem publicada na edição 111º da Revista Forbes, acessível no aplicativo na App Store e na Play Store, no site da Forbes e na versão impressa).
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