A Lufthansa surpreendeu o mercado nesta quinta-feira (2) com uma sólida perspectiva para o quarto trimestre, com os custos caindo e as reservas de viagens elevadas antes da temporada de férias de fim de ano. As ações da companhia disparavam.
O grupo de companhias aéreas alemãs apresentou lucro trimestral ligeiramente acima do consenso dos analistas devido à forte demanda por viagens em meados do ano.
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As companhias aéreas da Europa registraram lucros trimestrais recordes, uma vez que os consumidores continuaram a viajar apesar da crise do custo de vida, mas as perspectivas têm sido obscurecidas pelo aumento dos preços do petróleo devido à guerra no Oriente Médio e aos riscos de recessão.
A Lufthansa informou que o Ebit (lucro ajustado antes de juros e impostos) do terceiro trimestre foi de 1,47 bilhão de euros, um aumento de 31% em relação ao ano anterior e um pouco acima da média das expectativas de 1,43 bilhão de euros em um consenso de analistas publicado pela empresa.
“Embora a situação geopolítica permaneça desafiadora, nossa perspectiva de reservas nos dá motivos para sermos positivos – não apenas para um resultado muito bom do grupo este ano, mas também depois”, disse o presidente-executivo, Carsten Spohr.
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A demanda por voos de curta e longa distâncias permaneceu alta, especialmente entre os turistas a lazer, disse a Lufthansa, e a tendência de alta na demanda por reservas em classes premium continuou.
Os custos foram 0,9% menores do que no mesmo trimestre do ano passado, apesar do aumento da inflação, com a expectativa de um resultado semelhante no quarto trimestre e um declínio do custo unitário no próximo ano.
Devido à queda dos custos e à maior demanda de voos, o grupo espera registrar um resultado operacional positivo no quarto trimestre, ajudando-o a atingir meta de Ebit ajustado de mais de 2,6 bilhões de euros para 2023.
No próximo ano, a Lufthansa espera que a capacidade aumente ainda mais, para cerca de 95% dos níveis anteriores à pandemia. Globalmente, a capacidade permanecerá restrita por causa de problemas na cadeia de suprimentos, aumentando os preços das passagens, disse Spohr em uma reunião com analistas.
“Continuamos a ver um ritmo mais cauteloso de restauração da capacidade da Lufthansa em comparação com outros pares europeus… provavelmente uma medida sensata, dada a deterioração cada vez mais permanente no segmento corporativo”, disse Alex Irving, analista da Bernstein.
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