A Lavoro, maior distribuidora de insumos agrícolas do Brasil, prevê acelerar ganhos no ano-safra 2024, projetando aumento na participação de mercado, em um cenário de preços dos produtos mais baixos no período, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (1).
A companhia listada na Nasdaq prevê uma receita consolidada em um intervalo de US$ 2 bilhões a US$ 2,3 bilhões na nova temporada, versus US$ 1,8 bilhão registrados no ano-safra 2023, com o impulso do segmentos de insumos no Brasil, onde a empresa tem a maior parte de seus estabelecimentos.
A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado no novo ano fiscal, a ser encerrado em junho de 2024, foi estimado numa faixa de US$ 135 milhões a US$ 165 milhões, versus US$ 149,8 milhões da temporada 2023, quando a empresa registrou alta de 64% neste indicador em relação a 2022.
“Nossa escala, diversificação regional e de produtos, integração vertical de Crop Care, forte balanço patrimonial, capacidades de fusões e aquisições e de investir em tecnologia e novos serviços nos diferenciam do restante da indústria”, disse o CEO da Lavoro, Ruy Cunha, em nota
“Acreditamos que estamos numa posição única para capitalizar o ambiente atual, acelerar os nossos ganhos de participação de mercado e melhorar nosso desempenho financeiro à medida que as condições de mercado se normalizam”, acrescentou ele.
O executivo mencionou que o setor viu uma nova piora nas tendências de preços de pesticidas e fertilizantes, à medida que mudanças globais significativas na precificação foram exacerbadas pelo excesso de estoques no Brasil, particularmente em herbicidas.
“Enquanto estamos vendo sinais de estabilização das tendências de preços, nossa expectativa para o varejo de insumos agrícolas é de, em geral, declínio de aproximadamente 20% em nosso ano fiscal de 2024, liderado por esses ventos contrários nos preços”, projetou.
Mas ele não considera que os fundamentos positivos do mercado e do crescimento da empresa tenham mudado.
“O que nós temos testemunhado nos últimos trimestres é simplesmente a normalização dos preços que dispararam em 21-22 como resultado de fatores temporários que agora desapareceram, como impactos de suspensões de produção na China pela Covid-19 e os efeitos da guerra na Ucrânia.”
A companhia fechou o ano fiscal 2023 com prejuízo líquido de US$ 43,7 milhões, em meio a uma disparada nos custos financeiros, por perdas no valor justo de contratos a termo de commodities e aumento da taxa de juros no Brasil.
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