Ibovespa sobe em meio a decisões de juros e conflito no Oriente Médio

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O Ibovespa opera em alta nesta segunda-feira (30), em uma semana marcada por decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Os investidores permanecem acompanhando o conflito no Oriente Médio, a temporada de balanços, dados econômicos brasileiros e a inviabilidade da meta fiscal. Portanto, por volta das 10h20, o principal índice da Bolsa de Valores subia 0,52%, atingindo 113.878 pontos. Enquanto isso, o dólar registra queda de 0,52%, sendo negociado a R$ 4,98.

Tanto o Banco Central do Brasil quanto o Federal Reserve (Fed, banco central americano) vão definir as taxas de juros na quarta-feira (1). A expectativa é de uma redução da taxa Selic em 0,5 ponto percentual esta semana. Nos EUA, as expectativas apontam para a manutenção das taxas, mas os observadores estarão atentos às indicações para futuras reuniões.

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Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram a previsão da taxa básica de juros em 11,75% no final de 2023. De acordo com a pesquisa semanal Focus, publicada nesta segunda-feira, o mercado agora projeta a taxa Selic em 9,25% no final de 2024, em comparação com a estimativa anterior de 9,00%.

No cenário econômico, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou um aumento de 0,50% em outubro, acelerando em relação ao ganho de 0,37% no mês anterior, devido ao aumento de preços em commodities importantes que pressionaram os produtores, algo que pode se refletir no consumidor em breve. Apesar da aceleração, o resultado deste mês ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, que apontava um avanço de 0,61%. Em 12 meses, o IGP-M ainda apresenta uma queda de 4,57%, a menos intensa desde maio deste ano (-4,47%).

Na esfera política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na sexta-feira (27) que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero e que o objetivo dificilmente será alcançado, já que não pretende cortar investimentos para atingi-lo. Ele ressaltou que o mercado muitas vezes cobra o cumprimento de algo que sabe que não será cumprido. “Nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”, afirmou.

Após as declarações de Lula, os investidores aguardam um posicionamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro tem encontro marcado com o presidente a partir das 9h, seguido de coletiva às 10h30.

No campo dos balanços, o mercado brasileiro está na expectativa dos resultados de Assai (ASAI3) e Grupo Pão de Açúcar (PCAR3). Nos EUA, a atenção se volta para o McDonald’s e o HSBC.

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Globalmente, os preços do petróleo recuamndepois de Israel ter enviado forças terrestres para a Faixa de Gaza, aumentando as tensões no Oriente Médio. O petróleo Brent apresentava uma queda de 1,41%, e o petróleo WTI caía 1,84%.

Confira os principais índices:

EUA (futuros):

Dow Jones: +0,60%
S&P 500: +0,59%
Nasdaq: +0,68%

Europa:

DAX (Frankfurt): +0,40%
FTSE100 (Londres): -0,81%
CAC 40 (Paris): +0,63%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): -0,98%
Kospi (Coreia): +0,34%
Xangai (China): +0,12%

(Com Reuters)

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