Não há dúvidas de que houve avanços rumo à equidade de gênero no mundo corporativo – especialmente na alta liderança. Mas esse progresso é frágil e ainda está acompanhado da desigualdade salarial.
Desde 2015, a participação de mulheres em cargos executivos cresceu de 17% para 28%, e a representação em outros níveis superiores melhorou de forma semelhante. Esses resultados validam os esforços de diversidade, um exemplo do que pode ser atingido quando as empresas voltam seus recursos para resolver um problema.
Mas ainda há muito a ser feito. A verdadeira paridade de gênero continua fora do alcance das mulheres em cargos de média gestão, cujas oportunidades de progresso “permanecem fora de alcance”.
Essa é uma mensagem importante para os conselhos de administração das empresas e seu compromisso com a diversidade e cultura da força de trabalho. Essa é a conclusão final do 9º relatório anual Mulheres no local de trabalho, estudo da McKinsey e da LeanIn.org, organização que trabalha pela equidade de gênero.
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Permanecem problemas significativos que a liderança ainda deve resolver. Nesse sentido, a pesquisa é uma ferramenta útil para os líderes de empresas, analisando os progressos alcançados em relação à equidade de gênero, sinalizando o atraso em promover mulheres a cargos de gestão, confrontando os “mitos” frustrantes sobre as mulheres no local de trabalho e oferecendo recomendações específicas para os líderes implementarem.
Desmascarando quatro mitos sobre a situação das mulheres no trabalho
A seguir, algumas recomendações que os líderes devem considerar ao enfrentar essas questões nas suas empresas:
1. Acompanhar os resultados para melhorar a experiência e a progressão das mulheres;
2. Capacitar gestores para serem bons líderes de pessoas;
3. Lidar com microagressões imediatamente;
4. Aproveitar todo o potencial do trabalho flexível;
5. Consertar o degrau quebrado de uma vez por todas.
Uma cultura de trabalho positiva é considerada um ativo corporativo valioso. A edição de 2023 da pesquisa McKinsey/LeanIn.org é um material importante para conselhos corporativos de todos os setores, bem como para suas equipes de liderança executiva.
As conclusões são ao mesmo tempo encorajadoras (no que diz respeito às mulheres em posições de liderança) e frustrantes (no que diz respeito ao atraso no processo de promoção).
Essa dicotomia deve servir de incentivo para que os conselhos e seus executivos continuem os esforços de diversidade que levaram a avanços positivos e identifiquem soluções para os problemas que ainda persistem no que diz respeito ao avanço das mulheres.
*Michael Peregrine é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é sócio do escritório de advogados McDermott Will & Emery, em Chicago. Ao longo dos seus 39 anos de carreira, atuou como consultor externo de governança para grandes empresas dos EUA.
(traduzido por Fernanda de Almeida)
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