No Brasil, as empresas familiares são responsáveis por 65% do PIB, representam 90% dos empreendimentos e empregam 75% da força de trabalho. Muitas dessas empresas – cujo porte varia de pequenos negócios locais a grandes corporações multinacionais – têm valores familiares sólidos, cultura organizacional coesa e uma visão de longo prazo que pode contribuir para sua longevidade. Mas as organizações familiares, com frequência, têm uma vulnerabilidade que pode colocar em risco sua sustentabilidade: a governança.
“Desde 2014, oferecemos um curso de Gestão de Empresas Familiares e sempre perguntamos aos participantes: quem é de uma empresa que tem Conselho Consultivo ou de Administração? No máximo, 20% dos alunos erguem a mão”, diz Aline Porto, coordenadora-geral da Plataforma de Empresas Familiares do Insper, que realiza cursos, eventos, pesquisas aplicadas e outras iniciativas voltadas para empresas de controle familiar.
Foi pensando nisso que o Insper, uma das principais instituições de ensino do Brasil, decidiu lançar um curso inédito no país: Conselhos de Empresas Familiares. “O objetivo é preparar conselheiros familiares e independentes para atuar em conselhos de empresas familiares e, ao mesmo tempo, preparar negócios familiares para estruturar conselhos consultivos ou de administração”, diz Aline, docente-líder de uma equipe de professores formada por mestres, doutores e executivos com ampla experiência.
Aline ressalta a importância da governança em empresas familiares. “Muitas vezes, os membros da família que atuam no negócio tendem a misturar seus papéis. Um bom conselho consultivo ou de administração é crucial para separar questões familiares e empresariais. Esses conselhos podem incluir membros familiares e externos, que trazem experiências e conhecimentos valiosos para a gestão do negócio”, explica.
Diferentemente de outros programas, voltados para a formação de conselheiros de empresas em geral, o curso do Insper foi desenhado para atender às especificidades das organizações familiares. “Um conselheiro de empresa familiar tem que aprender a lidar com a família proprietária do negócio. Precisa conhecer processos decisórios específicos, o papel dos familiares, a gestão de conflitos, entre outras peculiaridades dessas empresas”, afirma Aline.
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