Outubro Rosa: diagnóstico precoce do câncer aumenta chance de cura

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O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, um dos mais frequentes entre mulheres. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que entre 2023 a 2025 sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. 

De acordo com a oncologista clínica, Dra. Daniela Rosa, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o diagnóstico precoce do câncer de mama é fundamental para controlar o avanço da doença. 

A mamografia, por exemplo, é o principal exame para identificar o câncer de mama no estágio inicial. Indicado para mulheres a partir dos 40 anos, independente da presença de sintomas, este exame pode aumentar em até 90% as chances de cura da doença. 

Além deste, o autoexame também contribui para o diagnóstico da doença. No entanto, a especialista alerta que a técnica “não pode ser considerada uma medida preventiva contra o câncer de mama”. 

“Quando um sinal de alteração na mama é visível, isso significa que a doença possivelmente está em um estágio mais avançado”, diz. Nesse caso, é essencial fazer o exame de mamografia para confirmar o diagnóstico e iniciar imediatamente o tratamento. 

Sinais e sintomas

Os sinais e os sintomas do câncer de mama podem variar de mulher para mulher. Na maioria das vezes, o câncer de mama manifesta-se como um nódulo, que pode ser percebido ao palpar a mama, ou pode ser detectado nos exames de imagem. Outros sinais que podem surgir são:

Retração do mamilo;

Secreção no mamilo;

Aumento do volume da mama;

Dor na mama ou no mamilo;

Vermelhidão na pele da mama;

Espessamento da pele da mama;

Nódulo aumentado na axila.

Na maioria dos casos, nódulos que aparecem nas mamas não são cânceres. Entretanto, é muito importante a investigação de um especialista quando qualquer tipo de alteração na mama apareça.

Tratamento

Após a confirmação do diagnóstico de câncer de mama, são necessários exames adicionais para determinar a extensão da doença. Essa investigação permite um diagnóstico mais preciso e, consequentemente, um tratamento adequado.

Alguns exames podem, por exemplo, determinar se o câncer se restringe apenas à mama ou se já se disseminou para outras regiões, como os linfonodos axilares, metástases em órgãos distantes, como ossos, pulmões e fígado, entre outros.

A sequência do tratamento do câncer de mama é individualizada, variando de acordo com as características de cada paciente. Pode-se optar por iniciar o tratamento com cirurgia, quimioterapia, hormonoterapia ou uma combinação de quimioterapia com medicamentos. 

“Essa decisão leva em consideração o tamanho do câncer de mama, sua localização, e o tipo de células que compõem o tumor, incluindo a expressão de receptores de estrogênio, progesterona e o receptor HER2 na superfície das células neoplásicas”, finaliza Daniela.

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