O anúncio do investimento de R$ 2 bilhões pela cervejaria espanhola Estrella Galicia em sua primeira fábrica no Brasil não parece ter abalado a Heineken. O presidente da cervejaria de origem holandesa evita a expressão “guerra das cervejas”, frequentemente usada para descrever o mercado nacional. Ele prefere focar em valores como respeito, paixão, coragem e diversão. Para ele, a palavra “guerra” sugere a busca de resultados a qualquer custo, o que vai contra esses valores.
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Mauricio Giamellaro assegura que não está preocupado com o novo momento da Estrella Galicia no país e não parece guardar mágoa da mudança de parceira de distribuição, a Coca-Cola. Ele também não se gaba por conquistar continuamente território da Ambev, aumentando sua participação de mercado de 8% para 24% em pouco mais de uma década.
“Não é isso que buscamos. Apenas queríamos que os brasileiros apreciassem uma cerveja melhor”, afirma, elogiando o próprio portfólio, que inclui cervejas como Eisenbahn, Amstel, Sol e Baden Baden, entre outras, além de bebidas não alcoólicas.
O presidente da Heineken, marca que tem o Brasil como seu principal mercado, também destaca o avanço da empresa em direção à meta de ter todas as cervejarias do grupo abastecidas totalmente por energias de fontes renováveis ainda este ano.
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Com ou sem “guerra”, a cervejaria anunciou em maio um investimento de R$ 1,5 bilhão para expandir a capacidade produtiva de duas unidades no Nordeste.
A Estrella Galicia planeja instalar uma fábrica de cerveja na cidade de Araraquara, a 270 quilômetros de São Paulo, sua primeira unidade fora da Espanha. A companhia pretende iniciar as obras em 2025, em uma área de aproximadamente 250 mil metros quadrados que receberá R$ 2 bilhões em investimentos. Quando concluída, a fábrica terá capacidade para produzir até 1,5 bilhão de litros de cerveja por ano.
O post Para a Heineken, não existe guerra no mercado de cervejas apareceu primeiro em Forbes Brasil.