Dia do Empreendedor: 5 histórias de sucesso e superação por meio da tecnologia

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Sérgio Brito, fundador da Te Levo Mobile: equilíbrio entre necessidade e expectativa

Sérgio, Ticiana, Fábio, Luciane e Rafael. Esses são os nomes dos empreendedores brasileiros que transformaram suas histórias de vida por meio de negócios na área de tecnologia. Neste Dia do Empreendedor, comemorado em 5 de outubro devido à criação do Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, a Forbes Brasil selecionou 5 trajetórias de sucesso que se assemelham com a realidade vivida pelos brasileiros que desejam empreender: um misto de obstáculos, falta de apoio e muita determinação.

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De acordo com o Atlas dos Pequenos Negócios, lançado no final de 2022 pelo Sebrae, Microempreendedores Individuais (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) geram anualmente R$ 420 bilhões para o Brasil. E, em um mundo cada vez mais digital e conectado, o empreendedorismo na área de tecnologia desempenha um papel fundamental para esses números.

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Sérgio viveu em situação de rua e hoje comanda uma empresa de mobilidade urbana

Sérgio Brito de Oliveira Gomes cresceu em uma família de oito irmãos no interior de São Paulo. Para ajudar os pais, ele viajou para Minas Gerais em busca de uma oportunidade de emprego durante a época de colheita em uma lavoura de café. O que Sérgio não esperava era que, ao terminar este período, o emprego também acabasse. Depois de perder o trabalho, a casa, os móveis, e todos os bens que havia guardado, ele ficou por quase dois anos em situação de rua. “Meu pai percebeu que eu tinha sumido e começou a me procurar, mas só depois de dois anos ele me encontrou”, conta o empreendedor.

Depois de retornar à casa de seus pais, Sérgio continuou sua jornada de superação. Ele se inscreveu em um concurso de beleza local e ganhou uma bolsa para estudar gastronomia na UNIFRAN (Universidade de Franca), depois da formatura ele começou a trabalhar em um restaurante de hotel — que foi fechado durante a pandemia.

Quando perdeu o emprego mais uma vez, ele decidiu trabalhar como motorista de aplicativo, e foi observando as deficiências das empresas do setor que teve a ideia de montar seu próprio negócio de mobilidade urbana, a Te Levo Mobile. “A minha empresa oferece aos motoristas benefícios exclusivos, como descontos em serviços de saúde e suporte em situações de emergência”, diz Sérgio. Em 2023, a meta da empresa é continuar expandindo para cidades do interior do Brasil.

“Vai ter mulher, LGBT e nordestina na tecnologia, sim!”, disse Ticiana após vencer competição de startups

Esse foi o discurso de vitória da Ticiana Amorim durante o Get in The Ring, competição de pitching para startups que aconteceu na Holanda em 2022. Co-fundadora e CEO da Aarin, startup especializada em tecnologias para pagamentos, adquirida pelo Bradesco também em 2022, Ticiana diz que nasceu empreendedora. “Aos 7 anos eu já vendia figurinhas repetidas do meu álbum para ganhar dinheiro”. Aos 22 anos, a baiana captou, sozinha, R$ 420 mil para um projeto de cultura e dança em Salvador (BA).

Após muitos desafios e experiências gerenciando startups, ela conseguiu estruturar seu próprio negócio, a Aarin, que mesmo após a aquisição pelo banco continua sob a gerência de Ticiana. “O empreendedor precisa ser sonhador e resistir muito, mas as conquistas fazem o esforço valer”.

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A Aarin ganhou o desafio Like a Boss, do Sebrae em parceria com o Instituto Inova Mais, o que garantiu a vaga para representar o Brasil no Get in The Ring de 2022.

Filho de costureira e mãe solo, Fábio aprendeu a programar sozinho e hoje administra uma multinacional

Fábio Câmara começou sua jornada aos 14 anos como office boy, onde teve sua primeira oportunidade de usar um computador. Filho de mãe solo, ele teve uma infância simples e precisou estudar computação por conta própria para trabalhar na área. “Depois de aprender o básico lendo manuais, fiz monitoria em troca de um curso de programação, o que me abriu as portas para atuar”, conta o CEO da FCamara.

Em 2008, depois de trabalhar com informática para o exército, ser desenvolvedor autônomo e prestar serviços para empresas como Microsoft, Submarino e Walmart, Fábio decidiu criar seu próprio negócio na área de e-commerce, que estava dando seus primeiros passos no Brasil.

Hoje, a FCamara está presente em Portugal, Reino Unido, Holanda e Dubai, alcançou 14 milhões de faturamento em 2022 e já ajudou na formação profissional técnica de 500 jovens por meio de um programa de formação próprio. “Eu tenho orgulho de dizer que esses estudantes não precisam de experiência nem educação prévia para entrar no programa. Assim eu posso impulsionar jovens que, como eu, não tiveram tantas oportunidades, mas desejam trabalhar com tecnologia”.

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Além do projeto de formação, a FCamara mantém parcerias com edtechs e ONGs focadas em educação.

Após o luto, Luciane ressignificou a vida ajudando seus passageiros

Há cinco anos, Luciane dos Santos começou sua trajetória empreendedora após perder seu filho em um acidente de trânsito. A psicóloga passou a dar caronas para filhos de amigos e conhecidos para assegurar que os jovens chegassem bem depois de festas e baladas. “Queria ajudar outras mães. Não queria que ninguém passasse pela mesma situação que eu”.

Foi assim que surgiu a Carsul, aplicativo de mobilidade de Santa Rosa, interior do Rio Grande do Sul, que hoje já atende toda a região. E a empreendedora não para por aí, “se tudo der certo, pretendemos lançar franquias em outras cidades e Estados do Brasil”, conta Luciane.

Rafael ganhou o primeiro computador aos 13 anos, desde então é apaixonado pela tecnologia

“Como em muitas famílias brasileiras, na minha casa nunca faltou nada mas também nunca sobrou. Minha única opção era estudar para passar em uma Universidade Federal”. É assim que Rafael Souza, CEO da Ubots, startup especializada em atendimento digital com uso de inteligência artificial, começa a contar sua história. 

Formado em Engenharia da Computação, o empreendedor trabalhou em diversas multinacionais de tecnologia. “Modéstia parte, eu sou um bom desenvolvedor, e isso me abriu muitas portas, como passar 6 meses no Vale do Silício para atender um dos clientes da empresa onde eu estava. Esse desenvolvimento profissional contribuiu muito para a Ubots”, conta o empreendedor.

Fundada em 2016, a empresa já recebeu premiações do Sebrae, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e entrou no Raking de Empreendedorismo Negro da 100 Open Startups.

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