O aparelho ortodôntico, seja ele fixo ou móvel, pode ser usado em diversos momentos da vida para alinhar os dentes. Apesar de muitas vezes esse tratamento ser buscado por conta de questões estéticas, ele vai muito além disso, podendo, por exemplo, corrigir a mastigação e trazer outros benefícios à saúde.
Porém, mesmo para quem já usa ou está pensando em usar aparelho, muitas vezes há dúvidas sobre esse tratamento, seus diferentes tipos e quando ele pode ser feito, por exemplo. A seguir, a dentista Claudia Consalter, diretora executiva da OrthoDontic, responde dúvidas e traz curiosidades sobre o assunto:
Quando é recomendado começar o tratamento?
Segundo a dentista, recomenda-se o uso do aparelho ainda na infância, em crianças a partir dos 6 anos de idade. Claudia alerta ainda sobre os principais sinais que podem aparecer nessa época e indicar a necessidade disso – dentes desalinhados e a respiração bucal.
Lembrando sempre, é claro, que a palavra final sobre a necessidade do uso do aparelho ortodôntico deve ser sempre de um ortodontista.
Dores de cabeça e pescoço podem indicar necessidade?
Sim! Apesar de os dentes desalinhados e a respiração bucal serem os principais sinais de que o aparelho é necessário, especialmente na infância, dores de cabeça e pescoço também podem ser indícios.
“Quando a oclusão dos dentes não está correta, os músculos mastigatórios precisam fazer esforços extras para que o paciente consiga mastigar corretamente. Com isso, toda a musculatura da cabeça e do pescoço fica sobrecarregada, podendo causar dores de cabeça ou no pescoço”, explica a especialista. Essas dores tendem a melhorar após o tratamento.
Por quanto tempo usar o aparelho?
Depende de cada caso. No entanto, Claudia diz que a média do tratamento ortodôntico por meio do aparelho tradicional é de 36 meses. Ou seja, 3 anos.
Quais os benefícios para a saúde?
Fazer um alinhamento dos dentes vai muito além da questão estética. “Um sorriso bonito garante mais qualidade de vida, aumenta a autoestima e abre portas para muitas oportunidades e traz diversos benefícios para a saúde. O uso do aparelho ainda melhora a digestão dos alimentos e previne alguns tipos de problemas de estômago”, explica Claudia.
Além disso, após o tratamento é possível ter uma higienização melhor e mais correta, já que dentes apinhados (amontoados) dificultam a passagem do fio dental e o alcance da escova. Ou seja, o aparelho previne cáries, doenças gengivais e mau hálito.
Quais os tipos de aparelho existentes?
Há vários tipos de aparelhos diferentes no mercado hoje, sendo que um ortodontista vai poder te dizer qual o melhor para o seu caso. Veja:
Aparelho tradicional: é o mais conhecido e consiste em bandas fixadas nos molares por um cimento especial, com tubos soldados às bandas e peças metálicas coladas nos dentes, mais conhecida como os bráquetes. Sua manutenção deve ocorrer uma vez por mês.
Alinhador invisível: parecido com o tradicional, mas transparente e mais discreto, ele é removível, proporcionando maior conforto durante as refeições e higienização.
Aparelho fixo estético: é similar ao tradicional, porém as peças metálicas possuem cor próxima a dos dentes. Ou seja, fica mais difícil vê-lo.
Modelo autoligado: oferece as mesmas funções do modelo tradicional e estético, mas tem formas mais arredondadas e menores, dispensando o uso das borrachinhas. Nele, o fio ortodôntico fica preso diretamente nos bráquetes.
Expansor palatino: é para quem precisa aumentar a largura do céu da boca. Porém, ele é melhor na infância, e adultos com esse problema podem ter que recorrer a cirurgia.
Aparelho móvel: ele é muito bom na fase de crescimento, mas depende da colaboração do paciente para obter resultados satisfatórios.
Extrabucal: é recomendado para situações específicas, com a função de auxiliar o aparelho fixo na movimentação e direcionamento dos dentes e ossos maxilares. O sucesso do tratamento, nesse caso, também depende do engajamento de quem usa.