Médicos, matemáticos, geólogos: veja as profissões mais bem remuneradas no Brasil

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Profissionais da área de medicina ocupam duas das três primeiras posições do ranking de melhores salários no Brasil

Médicos especialistas, matemáticos, atuários e estatísticos, médicos generalistas, geólogos e geofísicos e engenheiros mecânicos estão entre os profissionais que apresentaram os maiores salários no segundo trimestre de 2023.

Isso segundo uma pesquisa conduzida pela economista Janaína Feijó, do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas), com dados das 126 profissões listadas na Pnad Contínua do IBGE.

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O levantamento analisou profissionais do setor privado e com ensino superior com salários acima do rendimento médio no Brasil – que é de R$ 2.836 -, e tendo como base comparativa os segundos trimestres de 2012 e 2023.

Veja as profissões com os melhores salários no Brasil
(rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado)

Médicos especialistas – R$ 18.475
Matemáticos, atuários e estatísticos – R$ 16.568
Médicos gerais – R$ 11.022
Geólogos e geofísicos – R$ 10.011
Engenheiros mecânicos – R$ 9.881
Engenheiros não classificados anteriormente – R$ 9.451
Desenvolvedores de programas e aplicativos (software) – R$ 9.210
Engenheiros industriais e de produção – R$ 8.849
Economistas – R$ 8.645
Engenheiros eletricistas – R$ 8.433
Engenheiros de minas, metalúrgicos e afins – R$ 7.887
Engenheiros civis – R$ 7.538
Desenhistas e administradores de bases de dados – 7.301
Advogados e juristas – R$ 7.237
Engenheiros químicos – R$ 7.161
Analistas de sistemas – R$ 7.005
Desenvolvedores de páginas de internet (web) e multimídia – R$ 6.075

Tech em alta

As ocupações que ocupam o topo da lista tiveram uma perda no rendimento médio na última década, apesar de manterem a boa colocação no ranking. Já os profissionais que tiveram a maior valorização salarial no período foram os da área de tecnologia, com o impulso das transformações tecnológicas durante a pandemia:

Desenvolvedores de páginas de internet e multimídia (91%);
Desenvolvedores de programas e aplicativos (39%);
Desenhistas e administradores de bases de dados (30%).

A aceleração da digitalização das empresas gerou uma maior demanda por profissionais das áreas de STEM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas), que não foi acompanhada pela oferta de pessoas especializadas – o que explica o aumento dos salários.

As ocupações com as menores remunerações estão associadas aos profissionais do ensino, principalmente os de educação básica.

Veja as profissões com os menores salários no Brasil
(rendimento médio real do trabalho dos profissionais das ciências ou intelectuais com ensino superior e que trabalham no setor privado)

Professores do ensino pré-escolar – R$ 2.285
Outros profissionais de ensino – R$ 2.554
Outros professores de artes – R$ 2.629
Físicos e astrônomos – R$ 3.000
Assistentes sociais – R$ 3.078
Bibliotecários, documentaristas e afins – R$ 3.135
Educadores para necessidades especiais – R$ 3.379
Profissionais de relações públicas – R$ 3.426
Fonoaudiólogos e logopedistas – R$ 3.485
Professores do ensino fundamental – R$ 3.554
Outros professores de música – R$ 3.578

Correlação estudo e trabalho

O levantamento ainda mostra a relevância da educação para o mercado de trabalho, tanto para conseguir um emprego quanto para garantir melhores salários.

De acordo com os microdados do IBGE do 2º trimestre de 2023, pessoas que têm “superior completo” ganham, em média, 4 vezes mais do quem tem “menos de um ano de estudo”; 2,5 vezes mais do os que têm “ensino médio incompleto” e 2 vezes mais do que quem tem “superior incompleto”.

Apenas 3,8% das pessoas que têm ensino superior completo estão desempregadas hoje. Já entre os que têm ensino médio completo ou não finalizaram o médio completo, essa taxa é de 9,2% e 13,6%, respectivamente. Embora ter superior completo proporcione maiores ganhos salariais, atualmente menos de 1⁄4 – 23% – da população ocupada no Brasil tem esse nível de instrução. Há dez anos, esse percentual ficava em torno de 14%.

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