A Justiça de Minas Gerais estendeu nesta segunda-feira (2) a recuperação judicial para a Maxmilhas e a controlada Lance Hotéis, ambas do grupo 123 Milhas, após as empresas pedirem com urgência sua inserção no processo do grupo, declarando dívidas de R$ 226 milhões.
De acordo com a decisão da juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, os requisitos necessários para a concessão foram comprovados pelos eventos relatados e pela documentação apresentada pelas companhias.
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A MM Turismo & Viagens (Maxmilhas) e a Lance Hotéis Ltda. solicitaram no mês passado sua inclusão no processo de recuperação judicial das empresas 123 Viagens e Turismo (123 Milhas), Art Viagens e Turismo (HotMilhas) e Novum Investimentos, argumentando que a “crise de credibilidade” da 123 Milhas impactou as operações da Maxmilhas, que viu seu faturamento cair, em 30 dias, 70% na venda de passagens aéreas e 90% na venda de hospedagens.
As empresas solicitantes declararam juntas dívidas de R$ 226 milhões, conforme processo protocolado no mês passado. As dívidas se somam aos R$ 2,3 bilhões devidos pelas demais empresas do grupo 123 Milhas.
Segundo nota da Maxmilhas na ocasião do pedido de recuperação judicial, o movimento visa “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros”.
A recuperação judicial da 123 Milhas foi suspensa em setembro a pedido do Banco do Brasil, um dos credores da empresa de viagens, alegando que as recuperandas não forneceram todos os documentos necessários para o processo.
A recuperação permanece suspensa, disse o tribunal nesta segunda-feira. O deferimento do pedido e seus efeitos, no entanto, seguem vigentes, incluindo o “período de blindagem” — quando a empresa fica protegida contra ações de credores e outras medidas judiciais — até que seja concluída perícia.
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