Grande parte das 12,7 mil startups registradas pela Associação Brasileira de Startups nasceram para solucionar alguma dor. Na BossaBox, a situação não foi diferente. A empresa de tecnologia, que cria e une equipes de profissionais freelancers a grandes companhias que precisam de auxílio com produtos digitais, foi criada em 2017 a partir de um problema sentido dentro de casa.
“Em 2016, nós fundamos uma empresa bem pequena de desenvolvimento de software e sentíamos na pele a dificuldade de encontrar pessoas capacitadas para concluir os nossos projetos”, afirma André Abreu, Under 30, CEO e fundador da BossaBox. “Ao conversar com colegas do setor, percebemos que não era uma questão só nossa e sim do meio como um todo, então vimos que existia muito espaço para solucionar esses problemas.”
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Pensando nisso, Abreu e seus quatro sócios, Eduardo Koller, João Zanocelo e Jessica Muniz, entraram de cabeça no projeto, desenvolvendo uma plataforma na qual os profissionais da área podem se cadastrar, incluir suas qualidades e áreas de especialização, que vão desde de desenvolvimento e programação até design. Com essas informações, a BossaBox monta uma equipe que deve se enquadrar perfeitamente na demanda das grandes empresas que os procuram. Depois disso, quem faz a gestão do trabalho dessa equipe também são eles.
“Para isso, nós temos um processo de qualificação e seleção criado dentro de casa, que escolhe os projetos que fazem sentido para os nossos mais de 30 mil colaboradores e ao mesmo tempo seleciona os profissionais que trarão maior valor para as demandas das companhias”, explica Abreu.
No percurso de quase seis anos, a companhia já ajudou mais de 100 marcas como Housi, Aché e Ipiranga e captou aproximadamente R$ 20 milhões em investimentos. Porém, não foi simples chegar a esses números.
Trajetória
O começo da BossaBox foi conturbado, na visão do CEO. A empresa precisou ser construída com R$ 4 mil que sobraram da “evolução” da companhia anterior de Abreu. De acordo com ele, o dinheiro foi suficiente para resolver as questões burocráticas e tirar a companhia do papel. Desta forma, a empresa contava com o resultado positivo de novos projetos para reinvestir em seu próprio desenvolvimento.
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“A teoria de investir em si mesmo é incrível, mas isso nos deixa sem caixa, sem dinheiro guardado, o que quase nos fez quebrar logo no começo”, conta Abreu. “Foi nesse momento que fomos atrás de um investimento-anjo, que nos permitiria investir em inovações sem ter que tirar esse dinheiro do fluxo da companhia.”
Foi nesse momento que a companhia entrou no Cubo Itaú, comunidade que conecta soluções inovadoras, onde conheceu seus principais investidores. Para o CEO, esse foi o momento em que a BossaBox realmente começou a se desenvolver. Depois disso, em poucos meses, a empresa já estava atingindo faturamento na casa dos milhões. Não é para menos que, em 2022, a companhia atingiu uma receita de R$ 22,5 milhões e não espera parar por aí.
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