Do Brás para o Brasil: Caedu se transforma em negócio que fatura R$ 950 milhões

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Divulgação/Caedu

Leninha Palma, presidente do conselho de administração da Caedu

Em 1975 nascia um pequeno comércio de roupas no bairro do Brás, no coração de São Paulo. Hoje, o mesmo negócio virou uma rede, que faturou R$ 950 milhões em 2022 e conta com 80 lojas próprias espalhadas pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Essa é a história da Caedu, varejista de moda voltada à classe C, que tem a pretensão de dobrar de tamanho nos próximos três anos, atingindo 160 unidades em todo o país.

Quem vê a perspectiva de crescimento não imagina o que a família fundadora passou para chegar até esse ponto. O fundador da Caedu, Vicente da Palma, deu o primeiro passo em direção ao sucesso quando virou vendedor ambulante, vendendo roupas em uma caminhonete nas ruas da grande São Paulo. Quando decidiu abrir seu primeiro ponto no centro de São Paulo, carregou seus cinco filhos nas costas, que participaram da fundação da companhia.

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“Voltando da escola, o transporte nos deixava direto na loja e nas férias não era diferente. A minha vida sempre foi em torno do comércio”, diz Leninha Palma, a filha caçula de Vicente que, junto com os irmãos Luciano e João Vicente, atuam na presidência do conselho de administração da Caedu.

A abreviação do nome do primogênito, Carlos Eduardo, foi a inspiração para batizar a loja que mudaria o curso de suas vidas. Por anos a fio, a Caedu tratava-se de mais um comércio de roupas sem destaque nas ruas do Brás. E antes deste, antecederam outras tentativas de vingar uma loja de roupas, porém todas sem sucesso.

Porém, a partir de 2008, com a situação financeira começando a melhorar, a varejista passou a investir mais na sua própria marca, trazendo uma equipe especializada em moda e em gestão com a missão de democratizar tendências para a classe C, fazendo com que o comércio ganhasse identidade e tração.

Ao longo do tempo, a Caedu foi criando sua própria maneira de lidar com o comércio local, se tornando uma das primeiras varejistas a se preocupar com a experiência do consumidor como parte essencial da venda. “Esta prática de olho no olho com o cliente, o que eu aprendi quando eu era mais nova, continua muito forte. Não é aquela prática de gestor de escritório, que fica alheio às lojas. Até mesmo os diretores tem que ir para a loja toda a quinta-feira, para que a gente possa continuar enxergando esse valor na operação”, afirma Leninha.

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Para ela, esse é o segredo para o sucesso da empresa. Formada em psicologia, a empresária aprendeu desde cedo como as necessidades humanas influenciam dentro da lógica do comércio. “Entender o comportamento humano me ajudou em várias áreas. Eu precisava saber quais eram os desejos do consumidor, para ajudar nas mudanças e no reposicionamento de marca que a empresa passou”, conta. “Uma loja mais confortável é essencial para respeitar o cliente, além de ser uma forma de valorizar o seu dinheiro, que muitas vezes é contado e vai ser investido ali”, completa.

Leninha ocupou a posição de CEO da empresa fundada pelo pai durante 5 anos, de 2016 até o final de 2020. Hoje, além de presidente do conselho, a empresária também atua como conselheira especializada em empresas de varejo familiar, assim como a Caedu. “Essa governança entre os sócios, que compartilham dos mesmos propósitos, entrando para uma esfera até mesmo pessoal, fortalece muito a empresa”, complementa.

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