Em um dia de volatilidade, o dólar à vista fechou a quinta-feira (28) em leve baixa ante o real, ainda acima dos R$ 5, com as cotações reagindo ora a estímulos do exterior, onde a moeda norte-americana cedia ante as demais divisas, ora a fatores técnicos, com investidores comprados sustentando as cotações de olho na formação da Ptax de fim de mês.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,0401 na venda, em baixa de 0,15%.
Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,13%, a R$ 5,0370.
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Após ter emplacado três sessões consecutivas de ganhos no Brasil, acumulando alta de 2,33%, a moeda norte-americana à vista oscilou entre o positivo e o negativo em diferentes momentos desta quinta-feira (28).
Pela manhã, com alguns investidores realizando lucros recentes, o dólar à vista marcou a cotação mínima de R$ 5,0150 (-0,65%) às 9h35. A moeda norte-americana também cedia no exterior ante outras divisas, o que pressionava para baixo as cotações no Brasil.
No entanto, em nenhum momento o dólar voltou a ser cotado abaixo dos R$ 5, mantendo o patamar técnico superado na véspera.
Ainda pela manhã, a moeda à vista migrou para o positivo, retomando a tendência mais recente, com agentes do mercado citando os receios de que o Federal Reserve possa elevar ainda mais os juros, mantendo-os em níveis elevados por mais tempo.
“O dólar foi para baixo pela manhã, em movimento de realização de lucros de ontem (quarta-feira), mas não se sustentou assim, porque o mercado ainda está se apoiando na manutenção dos juros altos nos EUA”, pontuou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.
“Aquele dólar de R$ 4,70 ou R$ 4,80 ficou para trás. O diferencial de juros está fechando”, acrescentou Bergallo, lembrando que, enquanto o Fed sinaliza juros mais altos, o Banco Central brasileiro está em processo de redução da taxa básica Selic. Assim, é de se esperar uma cotação mais elevada para o dólar ante o real.
Investidores que estão comprados no mercado futuro — o mais líquido no Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista — também atuaram para o dólar se manter em patamares mais altos, de olho na definição da Ptax de fim de mês, na sexta-feira (29).
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista e que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
Neste cenário, a moeda norte-americana à vista marcou a máxima de R$ 5,0710 (+0,46%) às 10h50.
Durante a tarde, a cotação se reaproximou da estabilidade. A queda do dólar ante uma cesta de moedas fortes e em relação às demais divisas de exportadores de commodities pesou no fim da sessão, e a moeda americana encerrou em leve queda ante o real.
Às 17:14 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,49%, a 106,140.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 9.880 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de novembro.
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