Saúde mental e influência são temas cada vez mais conectados. Estudo do Opinion Box em parceria com o canal de conteúdo Histórias de Ter.a.pia, que pertence ao ecossistema da agência Brunch, identificou o crescimento na relação entre saúde e bem-estar com o consumo de conteúdo desenvolvido por influenciadores. Das 2119 pessoas entrevistadas de todas as regiões brasileiras durante o mês de agosto deste ano, 80% deixam de acompanhar influenciadores que tratam de forma irresponsável os temas relacionados à saúde mental. Além disso, 8 em cada 10 pessoas também param de seguir quem banaliza assuntos ligados à diversidade e inclusão.
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Os entrevistados também admitem o papel que os influenciadores exercem sobre sua saúde mental: 57% acreditam que eles podem ajudar ou atrapalhar nesse quesito e 1 em cada 4 pessoas já buscou ajuda de um profissional de saúde mental após ser impactado por um conteúdo que descobriu na internet.
O estudo identificou que a relação entre internet e redes sociais e a saúde mental das pessoas é complexa e multifacetada. “Por um lado, a internet e as redes sociais oferecem oportunidades de conexão social e acesso a informações úteis, o que pode promover o bem-estar emocional. No entanto, também estão associados a vários desafios”, diz o levantamento.
“Por mais que o tema da saúde mental seja tão relevante quanto conhecido, nem sempre encontramos dados que trazem uma visão clara de como as pessoas estão se sentindo. Foi partindo disso que o Opinion Box se juntou ao Histórias de Ter.a.pia: para levantarmos, juntos, questões que consideramos muito importantes e que precisam ser trazidas à tona sempre, não apenas em setembro ou em campanhas específicas”, diz Daniela Schermann, CMO do Opinion Box.
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Dos que consomem conteúdo em redes sociais, 32% dizem acompanhar canais relacionados a bem-estar e saúde mental. Outros 23% seguem influenciadores que falam sobre o tema. Além disso, 60% já mudaram de opinião em razão de conteúdo de criadores sobre o assunto. Mais importante ainda é notar que 62% já mudaram a forma como encaram questões de saúde mental por conta do trabalho de influencers. No TikTok, por exemplo, de acordo com o monitoramento em tempo real da própria plataforma, o tema saúde mental aparece como um dos que mais geram trends, sustentabilidade e qualidade de vida vêm em seguida.
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Entre as pessoas de 16 a 29 anos, buscar ajuda após o impacto do conteúdo digital é ainda mais comum: são 33%. “Esse é um movimento importante que reforça a transformação positiva que a internet pode causar. Ainda que a maioria das pessoas entrevistadas concorde que as redes sociais podem ser muito tóxicas, elas podem ser decisivas para quem precisa de ajuda”, pontua o estudo. Desse grupo, 56% concordam que o conteúdo sobre saúde mental na internet nem sempre é confiável, 65% defendem que as redes sociais podem ser muito tóxicas para a saúde mental e 57% acreditam que os influenciadores podem ajudar ou atrapalhar neste contexto, ou seja, exercem um alto poder de impacto.
“Para um profissional dessa indústria não basta fazer um bom trabalho, é preciso mostrar que o trabalho é bom, seus bastidores, suas conquistas, os lugares e as pessoas com quem circula. Parte da nova lógica do trabalho da sociedade atual é a exposição digital compulsória, seja autêntica ou resultado de um personagem. Ainda que espetaculares, a exposição digital exige responsabilidade civil dos criadores. No país mais influenciável por influenciadores do mundo, é urgente a criação de regulações que penalizem endossos e discursos que prejudiquem a sociedade física, mental ou financeiramente”, explica Ana Paula Passarelli, COO e cofundadora da Brunch e especialista em influência.
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