Tim Cook apresenta o iPhone 15 e metas ousadas de ESG da Apple

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O iPhone 15 foi apresentado com uma série de novidades em sua composição

O tão esperado evento anual da Apple, que ocorre na tarde desta terça-feira, 12, direto de Cupertino, na Califórnia, trouxe as principais novidades envolvendo as novas gerações do produtos da marca, o que inclui o tão esperado iPhone 15. Além de apresentar os produtos, Tim Cook, CEO da Apple, destacou direcionamentos da empresa para os próximos anos e foi enfático em relação ao compromisso sustentável da Apple e de seus parceiros e fornecedores.

De acordo com Tim Cook, sustentabilidade é uma prioridade para a Apple e isso tornou-se um mantra. “Até 2030, todos os nossos produtos causarão impacto zero na natureza.”  O executivo listou uma série de iniciativas para tornar isso possível: eliminar plástico de todas as embalagens até o final de 2024, uso de alumínio reciclável nos Macs e iPhones, fim do uso de couro para cases e produtos. Além disso, a Apple afirma usar 100% de energia limpa (solar e eólica) em todos seus escritórios e propriedades.

A lista de metas ainda inclui: geração zero de carbono neutro em todos os prédios, um compromisso de 300 fornecedores que também se comprometeram a zerar emissão, investimento em transporte marítimo para redução de impacto ambiental, além de apoio a reflorestamento no Paraguai, Brasil, Colômbia e Quênia.

iPhone 15 e mais sustentabilidade

No caso do iPhone 15, destaque do evento, foram apresentadas algumas mudanças, esperadas pelos fãs. A “ilha” (parte preta do topo) será dinâmica, ela pode se expandir para mostrar o widget que você escolher, como um timer ou uma música. A tela irá suportar tecnologia de imagem Dolby e terá 2 vezes mais brilho que o iPhone 14. A cor dos aparelhos é aplicada no fundamento do material e serão cinco opções. A textura será diferente e, segundo a Apple, o vidro será o mais forte da história. Além disso, o modelo é resiste a água, foi desenvolvido para ser mais duradouro com 75% de alumínio reciclável e 100% de materiais recicláveis internamente.

Em relação à câmera do iPhone 15, sempre uma grande expectativa para os iPhones, será possível mudar o foco depois que a foto já foi tirada. O night mode tem com cores vibrantes mesmo no escuro
quando a luz está muito alta também consegue captar com qualidade, equilibrando as luzes. O Chip será o A16 Bionic e esse será o celular mais rápido da Apple, garante a empresa.

iPhone 15 Pro: uma nova era da Apple

Ao apresentar o iPhone 15 Pro, Tim Cook destacou que o lançamento tem como objetivo elevar ainda mais a proposta de inovação da Apple:  “o iPhone 15 Pro é nossa aposta para elevar ainda mais o padrão de qualidade, design e inovação da Apple.” O modelo é produzido de 100% de alumínio reciclado. Como previsto, o modelo terá um “botão de ação” que poderá ser usado para silenciar, tirar foto, gravar áudio e abrir um aplicativo. 

“O IPhone 15 Pro tem o chip mais rápido de um smartphone na história. Essa é a linha com melhor performance já desenvolvida pela Apple”, disse Tim Cook.

Ainda mais sustentável: esse foi um tema que transpassou todos os anúncios de produtos da Apple, inclusive do iPhone 15

O que antecedeu ao lançamento do iPhone 15?

Atraso na produção

No início de setembro, vazamentos apontaram que a produção do iPhone 15  estava comprometida e que o lançamento poderia ser adiado. De acordo com o informante Revegnus, o carro-chefe da Apple, o iPhone 15 Pro Max, poderia ser adiado em um mês. Não foi a primeira vez que avisos sobre problemas na cadeia de suprimentos com os sensores de imagem da Sony foram dados. Também em setembro, o analista Ming-Chi Kuo alertou que o “cronograma de produção em massa do iPhone 15 Pro Max está atrasado em relação a outros modelos”.

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Mudança de produção para a Índia

Em agosto, a Apple começou a produzir o novo iPhone 15 em uma fábrica na Índia, informou a Bloomberg. A transferência é parte do esforço da empresa para diversificar sua produção global fora da China. A fábrica, administrada pela fabricante do iPhone Foxconn no estado de Tamil Nadu, também ajudará a Apple a economizar nas tarifas de importação, que são particularmente altas para produtos eletrônicos na Índia. A decisão de fabricar seu mais novo iPhone na Índia é uma resposta a problemas na cadeia de suprimentos na China, segundo analistas. Depois que uma de suas principais fábricas chinesas foi fechada devido a um surto de Covid e protestos subsequentes, a Apple lutou para atender à demanda para a temporada de festas de 2022, enfrentando um déficit de iPhones que levou a semanas de espera para os clientes.

O iPhone 15 Pro é feito de 100% alumínio reciclável

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Vendas fracas do iPhone 14

A demanda em baixa pelo iPhone 14, em especial o Plus, forçou a Apple a reduzir o ritmo de fabricação do modelo. De acordo com o site The Information, a empresa teria solicitado que alguns parceiros de produção da China interrompessem a produção. Um outro relatório, da TrendForce, mostra que, diante da baixa procura pelo aparelho, a Apple classificou a aceitação ao modelo iPhone 14 Plus como “tímida” e por isso estaria revendo sua dinâmica de produção. A nova geração de aparelhos foi apresentada globalmente dia 7 de setembro de 2022 em um evento transmitido da sede da companhia, em Cupertino, na Califórnia. 

Tim Cook: “Até 2030, todos os nossos produtos causarão impacto zero na natureza.”

Mais desafios com a China

As ações da Apple caíram 6,1% entre a terça-feira (5) e a quinta-feira (7). Com isso, a empresa passou a valer cerca de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão) menos do que valia no início da semana. A queda foi provocada por duas medidas do governo chinês. Na quarta-feira (6), o país proibiu iPhones em escritórios do governo. Na quinta (7) foi noticiado que a China planeja expandir essa proibição para agências governamentais e empresas estatais. Em parte, esse movimento do governo chinês é uma tentativa fazer com que setores sensíveis sejam menos dependentes de tecnologia estrangeira. É uma contrapartida à decisão de junho da União Europeia, de limitar o envolvimento da chinesa Huawei no desenvolvimento das redes 5G. Também pode ser uma retaliação às restrições dos EUA às vendas de chips de alta tecnologia para a China, assim a proibição da China comprar o equipamento de fabricação de chips da holandesa ASML, cujas máquinas de fotolitografia são usadas para produzir chips de computador sofisticados.

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