Ibovespa recua com Wall Street à véspera do feriado; Vale cai 1,60%

Nesta quarta-feira (6), o Ibovespa caiu 1,06% e fechou a 116.085,26 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 18,25 bilhões, com as negociações reduzidas na véspera de feriado. O mercado acompanhou a queda das bolsas do exterior após os dados mais fortes do setor de serviços nos Estados Unidos, enquanto agentes financeiros continuam especulando os próximos passos da política monetária, que o Federal Reserve decidirá ainda neste mês. Entre os maiores pesos da ponta negativa, as ações da Vale (VALE3) recuaram 1,59% a R$ 68,00.

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Destaques do dia

Entre as maiores baixas, as ações da Vamos (VAMO3) e da CVC (CVCB3) caíram, respectivamente, 6,58% a R$ 10,79 e 5,35% a R$ 2,30. As negociações da estreante Vamos do Ibovespa recuaram depois que o relatório do JPMorgan cortou a recomendação dos papéis da empresa de locação de caminhões para “neutra” e reduziu o preço-alvo de R$ 19,50 para R$ 18. Já a CVC devolvia boa parte do ganho recente após o pedido de recuperação judicial da plataforma de viagens 123 milhas, aprovado pela Justiça de Minas Gerais na semana passada.

Na ponta positiva, a Braskem (BRKM5) e a Yduqs (YDUQ3) subiram 5,66% a R$ 23,91 e 2,32% a R$ 20,33. Segundo Caio Canez de Castro, especialista da GT Capital: “A Braskem lidera as altas após anunciar emissão de bonds com potencial de captação de US$ 1 bilhão, além de encaminhar o fim do seu envolvimento em acordos judiciais internacionais”.

No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street caíram depois que dados mostraram que o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do setor não manufatureiro do ISM ficou em 54,5, em comparação com expectativa de 52,5, alimentando as preocupações com o aumento dos juros e prejudicando o sentimento dos investidores. Um recente aumento nos preços do petróleo também alimentou temores de pressões inflacionárias persistentes que podem obrigar o Federal Reserve a manter os juros altos por mais tempo.

Na Europa, os índices acionários ampliaram as perdas pela sexta sessão consecutiva, uma vez que preocupações com a desaceleração do crescimento global prejudicaram o apetite por risco, enquanto a alta dos rendimentos dos títulos também pressionou os papéis. O sentimento fraco de agosto repercutiu em setembro, devido a preocupações sobre por quanto tempo os principais bancos centrais globais manterão as taxas de juros elevadas, diante de novos sinais de fraqueza nas economias da China e Europa.

(Com Reuters)

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