Mercado de R$ 150 tri: por que empresas precisam olhar para a economia feminina

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Turnê “Renaissance”, de Beyoncé, pode ter contribuído para o aumento da inflação na Suécia em maio, o que mostra o impacto da economia feminina

Beyoncé, Barbie e Taylor Swift recentemente provaram que há um inegável poder feminino na economia. Enquanto o filme dirigido por Greta Gerwig se tornou o longa de maior bilheteria do ano com apenas seis semanas nos cinemas, as cantoras estão fazendo as maiores turnês de suas carreiras e impactando as economias americana e mundial.

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A força do consumo das mulheres está transformando as indústrias, e as fintechs e empresas de diferentes setores têm o potencial de liderar essa mudança – se conseguirem se adaptar e aproveitar esse movimento.

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Economia feminina: uma oportunidade lucrativa

As mulheres representam 85% dos gastos de consumidores globalmente, o que se traduz em mais de US$ 31 trilhões (R$ 152 trilhões) por ano. Esse número astronômico representa uma verdadeira mina de ouro para as fintechs, um setor que, ironicamente, continua sub-representado pelas mulheres. Globalmente, elas representam menos de 30% da força de trabalho do setor e apenas 8% ocupam cargos de liderança, de acordo com uma pesquisa da Deloitte.

Para aproveitar o potencial desse mercado trilionário, as fintechs devem recalibrar a sua abordagem. As empresas precisam garantir que as suas equipes de liderança reflitam as experiências e necessidades únicas das mulheres que pretendem servir. Inclusão não é apenas uma palavra da moda, é um imperativo estratégico.

Apesar dos números surpreendentes, muitas empresas ainda subestimam o poder das mulheres como clientes. Frequentemente, oferecem versões reembaladas de produtos inicialmente desenvolvidos para homens. 

Empresas lideradas por mulheres têm feito avanços nesse sentido. Estão buscando tornar os serviços financeiros acessíveis às mulheres de diferentes níveis de renda, capacitando-as a tomar decisões financeiras acertadas e melhorar o seu bem-estar econômico. 

Mulheres são um grupo diverso

Também é fundamental reconhecer que as mulheres não são um mercado único. Metade da população mundial abrange diferentes experiências e necessidades financeiras.

Sallie Krawcheck, fundadora e CEO da Ellevest, plataforma de investimento e educação financeira voltada para mulheres, escreveu recentemente num blog que mulheres de todas as origens se sentem mais confiantes do que nunca agora, impulsionando a economia através de empreendimentos como shows e filmes que representam a experiência feminina.

O poder da economia feminina veio para ficar e as empresas devem se concentrar em satisfazer as necessidades específicas dos diferentes grupos de mulheres para colher esses benefícios.

Ao reconhecer as necessidades e experiências distintas das consumidoras e profissionais, as fintechs podem ajudar a promover a independência financeira e a inclusão das mulheres, ao mesmo tempo em que se beneficiam do impacto feminino significativo no panorama econômico.

Precisamos de mais mulheres liderando o caminho para chegar lá.

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*Nicole Casperson é a fundadora da newsletter Fintech Is Femme, que tem mais de 60 mil assinantes. Ela também foi considerada uma das mulheres mais inspiradoras da indústria de fintechs em 2022 pela organização de base NYC FinTech Women.

(traduzido por Fernanda de Almeida)

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