Embarque de milho do Brasil é recorde em agosto

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Reuters/Rodolfo Buhrer

Colheita de milho do Brasil foi extraordinária e exportações foram junto

As exportações de milho do Brasil registraram um recorde de 9,4 milhões de toneladas em agosto, com alta de 26,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o país havia registrado sua maior marca mensal da história até então, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgados nesta sexta-feira (1).

O recorde, amplamente esperado considerando os embarques registrados ao longo do mês, acontece em meio a uma colheita abundante do Brasil em 2022/23, que tornou o produto brasileiro mais competitivo no mercado global, que ainda se ressente dos fluxos da Ucrânia, importante exportador.

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O Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos este ano como o maior exportador mundial de milho, refletindo também avanços logísticos, principalmente a consolidação das rotas de exportação da região Norte, que estão aumentando a competitividade da potência agrícola do país sul-americano.

Além disso, a safra da Argentina, outro importante exportador, foi reduzida pela seca em 2022/23, abrindo espaço para maiores embarques do Brasil, enquanto a China passou a comprar o milho brasileiro, elevando a demanda externa pelo produto nacional.

Os números de exportação do Brasil, que ficaram próximos dos dados mais recentes estimados pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que ao longo do mês passado veio sinalizando com a possibilidade de embarques recordes.

A expectativa da Anec é de exportações brasileiras em 2023 de 52 milhões de toneladas de milho, o que apagaria a melhor marca anual anterior registrada em 2022 (44,7 milhões de toneladas). Até agosto, a expectativa era de exportações de cerca 25 milhões de toneladas, o que indica embarques fortes nos próximos meses.

Embarques de açúcar

Outro destaque de alta nas exportações entre as commodities do Brasil, o açúcar registrou 3,82 milhões de toneladas, o maior volume mensal desde outubro de 2020 (3,95 milhões de toneladas).

Isso acontece com a safra já tendo ultrapassado a metade do total esperado no centro-sul do Brasil, que deve exportar volumes recordes do adoçante neste ano, beneficiado pelo clima, ganhos de produtividade e um maior direcionamento da cana para a produção da commodity, mais rentável que o etanol.

As exportação da soja também cresceu, superando 8,5 milhões de toneladas, mas os volumes já estão menores em relação ao primeiro semestre, que concentra os embarques.

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