Desde 2007, Roger Federer ocupava o posto de tenista mais bem pago do mundo. Neste ano, a situação está um pouco diferente. Embora o craque suíço de 42 anos ainda receba cerca de US$ 95 milhões por ano, sua aposentadoria em setembro de 2022 deu espaço para um de seus antigos rivais atingir o topo e ostentar a coroa de maior ganhador desse esporte.
Agora, o sérvio Novak Djokovic é o novo campeão da lista anual de faturamento do tênis da Forbes, arrecadando cerca de US$ 38,4 milhões (antes de impostos e taxas de agentes) nos últimos 12 meses. Nenhum outro jogador ativo pode igualar seu total na quadra (US$ 13,4 milhões em prêmios em dinheiro) ou fora dela (cerca de US$ 25 milhões em acordos de patrocínio, taxas de comparecimento e receitas de licenciamento).
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Porém, Carlos Alcaraz, que derrotou Djokovic numa final épica de Wimbledon em julho para conquistar seu segundo Grand Slam, não está muito atrás em nenhum dos aspectos. O fenômeno espanhol de 20 anos arrecadou US$ 31,4 milhões nos últimos 12 meses, incluindo US$ 11,4 milhões na quadra e cerca de US$ 20 milhões de patrocínios para chegar ao segundo lugar.
Essa é uma grande valorização em relação ao ano passado, quando Alcaraz estreou na lista na décima posição, com um total estimado de US$ 10,9 milhões – e venceu o Aberto dos Estados Unidos no mês seguinte.
No feminino, Iga Swiatek, que também ganhou dois Grand Slams no ano passado, deu um salto semelhante, atingindo o terceiro lugar este ano, com ganhos estimados em US$ 22,4 milhões. Ela é acompanhada por três outros estreantes: Coco Gauff (nº 7, US$ 15,2 milhões), Casper Ruud (nº 8, US$ 14,4 milhões) e Jessica Pegula (nº 10, US$ 10,9 milhões).
Assim como Federer, Serena Williams, de 41 anos, foi considerada inelegível para o ranking deste ano após sua aparente aposentadoria, e sua irmã, Venus Williams, de 43 anos, deixou os dez primeiros lugares, junto com Federer. As mudanças reduzem a idade média dos dez primeiros para menos de 26 anos, ante mais de 31 anos em 2022.
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Os novos rostos também aumentam para cinco o número de mulheres entre os dez primeiros lugares, em comparação com as quatro jogadoras no ano passado. É a maior participação feminina nos 16 anos de história do ranking. Isso não é um feito pequeno. As jogadoras geralmente têm menos oportunidades lucrativas de marketing disponíveis e, embora homens e mulheres recebam prêmios em dinheiro iguais nos quatro eventos do Grand Slam, ainda existem disparidades salariais em torneios menores.
No total, os dez jogadores mais bem pagos acumularam US$ 196 milhões nos últimos 12 meses. Esse número representa uma queda de 38% em relação ao total de US$ 316 milhões do ano passado – e um declínio de 43% em relação ao recorde de US$ 343 milhões de 2020. A perda de Federer e Williams, que contavam com ganhos combinados de US$ 125 milhões na lista de 2022, é responsável pela maior parte da diferença. Além disso, com oito dos dez primeiros colocados ainda com menos de 30 anos, este grupo de estrelas do tênis em ascensão está apenas começando.
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