Nesta quinta-feira (25) a varejista asiática Shein anunciou a compra de um terço do capital da holding americana Sparc, que controla a rede de lojas Forever 21 e também possui marcas como Aéropostale e Reebok. Em contrapartida, o Sparc se tornou acionista minoritário da Shein.
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Pela parceria, a Forever 21 vai vender seus produtos no aplicativo da Shein, e esta poderá servir-se da rede de lojas da empresa ameriana. O tamanho da participação e os termos financeiros do acordo não foram revelados.
A Sparc é uma joint venture dos grupos Authentic Brands e Simon Property. A Forever 21 possui 414 lojas nos Estados Unidos e mais 146 em outros países. O grupo 32,1 mil funcionários, atua em mais de 65 países e vende anualmente mais de US$ 12,7 bilhões.
Já a Shein, com sede em Cingapura e fundada em 2008, não revela nenhum número. No entanto, os especialistas avaliam que o negócio é grande. Segundo uma estimativa do banco BTG Pactual, só no Brasil a empresa faturou R$ 7 bilhões em 2022, superando nomes locais tradicionais como Lojas Marisa. A Forever 21 chegou ao Brasil em 2011, mas fechou as lojas físicas no fim do ano passado, vendendo seus produtos apenas por meio de plataformas.
O impacto no varejo
Segundo Américo José da Silva Filho, sócio-diretor da consultoria Cherto, especializada em varejo e franquias, a aquisição representa um passo extremamente vantajoso para a Shein, permitindo-lhe consolidar sua presença no mercado brasileiro sem depender das complexidades da importação. “Expandir as vendas para as lojas físicas é uma abordagem ousada, que conecta a empresa com diversos consumidores e fortalece a imagem e a posição da Forever 21 no Brasil, após a marca ter enfrentado vários desafios.”
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Um relatório do banco de investimentos Itaú BBA avalia que a notícia é positiva para o varejo tradicional, pois indica que as lojas físicas não morreram. “O disruptor digital está indicando a relevância e importância das lojas físicas, o que é positivo para as marcas de vestuário que cobrimos”, escreveram os analistas de consumo e varejo. “Por outro lado, se a Shein fizer um acordo com uma empresa brasileira, isso tornaria o ambiente mais desafiador para as outras marcas.”
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