Ibovespa sobe após 12 quedas; China anuncia estímulos econômicos

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Após o índice encerrar o último pregão em queda pelo 12º dia consecutivo, a maior sequência de baixas desde que foi criado em 1968, o Ibovespa inicia as negociações em alta na manhã desta quinta-feira (17) com o anúncio de novos estímulos para a economia chinesa. Ainda permanece no radar dos investidores a ata do Federal Reserve, que adotou uma postura hawkish (de elevação de juros e contração monetária). No Brasil, a atenção está voltada para a tramitação do arcabouço fiscal, uma vez que o texto precisa ser sancionado até o dia 31 de agosto.

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Por volta das 10h20, o Ibovespa tinha alta de 0,69%, chegando a 116.385 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava queda de 0,39%, sendo negociado a R$ 4,96.

A China fortalecerá a coordenação de várias políticas para impulsionar o crescimento e atingir a meta econômica deste ano, segundo a mídia estatal que citou uma reunião do gabinete na quarta-feira (16). Essa reunião ocorre em meio aos crescentes problemas econômicos chineses, incluindo uma crise imobiliária prolongada, pressão deflacionária e crescimento mais lento nas vendas no varejo e na produção industrial.

Dados fracos na terça-feira (15) levaram observadores da China a pedirem que as autoridades implementem grandes medidas de estímulo fiscal para fortalecer a base econômica. Sem fornecer detalhes, a reunião de gabinete presidida pelo primeiro-ministro Li Qiang afirmou que o país continuará a adotar políticas para estimular o consumo e promover o investimento.

Na China, o Zhongzhi Enterprise Group, uma das maiores gestoras privadas de patrimônio do país, informou aos investidores que estava enfrentando uma crise de liquidez e que conduziria a reestruturação da dívida, de acordo com um vídeo da reunião. Enquanto isso, a administração de ativos da China lida com uma desaceleração cada vez maior no mercado imobiliário.

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Nos EUA, as autoridades do Fed tiveram opiniões divididas sobre a necessidade de mais aumentos na taxa básica de juros na reunião do banco central dos EUA de 25 a 26 de julho, com “alguns participantes” citando riscos para a economia de elevar demais os juros, enquanto “a maioria” continuou a priorizar a luta contra a inflação.

Em geral, o documento aponta para um acordo entre as autoridades de que o nível de incerteza permanece alto e que as decisões futuras sobre os custos de empréstimos dependerão da “totalidade” dos dados que chegarão nos “próximos meses”, visando “ajudar a esclarecer até que ponto o processo de desinflação está seguindo”.

No Brasil, o mercado está atento ao texto do arcabouço fiscal que precisa ser sancionado até o final de agosto. Se não ocorrer dentro do período, o orçamento do ano que vem deve ser elaborado conforme o teto de gastos, com um corte estimado em R$ 200 bilhões.

A matéria foi aprovada com alterações no Senado e precisa ser apreciada novamente na Câmara dos Deputados, em meio a atritos entre seu presidente, Arthur Lira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que teria dito que a Casa estaria com um poder muito grande. Lira informou que o projeto pode ser votado na semana que vem.

Confira os principais índices:

EUA (futuros):

Dow Jones: +0,10%
S&P 500: +0,28%
Nasdaq: +0,40%

Europa:

DAX (Frankfurt): -0,28%
FTSE100 (Londres): -0,32%
CAC 40 (Paris): -0,33%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): -0,61%
Kospi (Coreia): -0,23%
Xangai (China): +0,43%

(Com Reuters)

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