Ioga pode melhorar a qualidade de vida do paciente com câncer?

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Estudo analisou o impacto da prática de ioga na saúde de pacientes com câncer

Uma pesquisa apresentada na última edição do Congresso Americano de Oncologia (ASCO 2023) trouxe para discussão um tema muito interessante: o efeito da prática de ioga em para a melhora da qualidade de vida e no controle da fadiga no tratamento oncológico.

O estudo dividiu um total de 173 pacientes com 60 anos ou mais em dois grupos, em que apenas um deles fazia duas sessões semanais de 75 minutos cada, por quatro semanas. A intervenção “YOCAS” incluiu exercícios respiratórios, poses de ioga e atividades de atenção plena.

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O outro grupo recebeu um placebo comportamental, que envolveu “educação baseada nas recomendações de sobrevivência ao câncer da ASCO”.

Os pesquisadores ressaltaram que os sobreviventes de câncer mais idosos costumam a relatar “a necessidade de intervenções para reduzir a fadiga e manter a qualidade de vida”. Outra pesquisa já havia mostrado que a ioga, em comparação com o tratamento padrão, melhorou efetivamente os relatos de cansaço e a qualidade de vida entre os sobreviventes.

Vale ressaltar que, entre os pacientes do estudo, a maioria branca, 91% eram mulheres e 71% tiveram diagnóstico de câncer de mama.

Os dados mostraram uma vantagem de menor fadiga para quem praticou os exercícios de ioga, além da melhora na qualidade de vida do ponto de vista emocional e global.

Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que os sobreviventes mais idosos podem utilizar a ioga com segurança para tratar efeitos colaterais. Indicam, ainda, a necessidade de novas pesquisas para confirmar esses resultados e aumentar, levando em conta principalmente a diversidade étnica e racial.

São informações bastante interessantes porque trata-se de um manejo de efeitos colaterais comuns ao tratamento que não envolve medicamentos. E, a partir da avaliação geral do paciente pela equipe de saúde, tem potencial para ser implementado, para melhoria de qualidade de vida e controle da fadiga.

Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

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