Ibovespa recua pela oitava sessão consecutiva; Vale cai 1,18%

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Nesta quinta-feira (10), o Ibovespa caiu 0,05% e fechou a 118.349,60 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 23,33 bilhões, marcando a oitava sessão consecutiva de queda. A última vez em que o Ibovespa recuou por oito sessões foi em junho do ano passado. Mais do que isso, apenas em fevereiro de 1995, quando fechou em baixa por nove pregões seguidos. Entre as maiores pressões de baixa, a Vale (VALE3) recuou 1,18%.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a solução para o problema dos juros elevados e da inadimplência do cartão de crédito deve passar pela extinção do crédito rotativo.

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Campos Neto disse que, com esse desenho em elaboração, as faturas não pagas iriam direto para o sistema de crédito parcelado do cartão, com uma taxa mensal de juros que ficaria próxima a 9%. A taxa de 9% ao mês corresponde a 181% ao ano. Hoje, os juros do rotativo estão em 437% ao ano, enquanto o parcelado do cartão está em 196% ao ano.

Destaques do dia

Liderando as altas, a Azul (AZUL4) e a Braskem (BRKM5) subiram, respectivamente, 9,83% a R$ 18,22 e 6,84% a R$ 24,99. Os papéis da Azul subiram após a companhia divulgar seu balanço financeiro do trimestre, no qual reduziu seu prejuízo para R$ 567 milhões. Além disso, a companhia compartilhou seu guidance para o próximo ano, no qual projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de pelo menos R$ 6 bilhões.

Na ponta negativa, os papéis do Grupo Soma (SOMA3) e da 3R Petroleum (RRRP3) caíram 7,68% a R$ 9,98 e 4,96% a R$ 35,05. Lucas Almeida, da AVG Capital, afirmou que o Grupo Soma divulgou um crescimento de receita relativamente fraco na marca Hering e mostrou desaceleração em comparação com os trimestres anteriores. “A receita bruta, excluindo a marca Hering, registrou um aumento anual de 13,4%, totalizando R$ 928 milhões, porém esse valor ficou 1,5% abaixo das expectativas”.

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No exterior

Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street subiram com dados de preços ao consumidor de julho mais brandos do que o esperado, aumentando as expectativas de que o Federal Reserve possa deixar a taxa de juros inalterada no próximo mês. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho subiu 3,2% na comparação anual, abaixo do aumento de 3,3% esperado pelos economistas.

Segundo Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas: “este é um dado que veio em linha com as expectativas do mercado, mas seguiu mostrando que a desaceleração da inflação nos EUA continua em um ritmo mais moderado. Isso colabora com a perspectiva de que o banco central norte-americano esteja próximo de um fim do ciclo de aumento de juros, ou pelo menos reforce o movimento de pausa”.

Na Europa, os índices acionários subiram com os dados de preços ao consumidor nos EUA aumentou as expectativas do fim do aperto monetário no país, enquanto o setor de luxo recebeu um impulso da China depois que o país flexibilizou restrições a viagens. O grupo de luxo francês LVMH, atualmente a empresa mais valiosa da Europa, ganhou 3,4% e impulsionou o índice de blue-chips de Paris para um fechamento em alta.

(Com Reuters)

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