O Programa de Desenvolvimento de Exportação (EDP, na sigla em inglês), uma iniciativa da Brewers Association, nos EUA, ajudou as cervejarias artesanais do país a enviar suas cervejas e lagers para quase todos os mercados cervejeiros do mundo.
Em 2022, foram exportados pelas cervejarias artesanais dos Estados Unidos 230.999 barris (mais de 26,5 milhões de litros) de cerveja, no valor de US$ 71 milhões (cerca de R$ 350 milhões), de acordo com a Brewers Association. “O número de cervejarias artesanais americanas exportadoras cresceu de apenas um punhado de 10 a 15 empresas, há 20 anos, para mais de 150 cervejarias pequenas e independentes que enviam suas bebidas ao exterior anualmente”, disse Steve Parr, diretor de relações internacionais da Brewers Association.
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O Canadá foi o país que mais importou, respondendo por 25,2% do total, seguido pelo Caribe, com 19,2%. Na Europa, o Reino Unido comprou 7,3%, a Suécia 7,1% e os demais países do bloco responderam por outros 12,6% das exportações dos EUA. Outro bloco importante é formado pelo Japão (4,2%), China (6,2%), Sudeste Asiático (2,2%) e Coréia do Sul (4,1%). Fecha essa conta o México, com 1,4%, e países da América do Sul e Austrália, com 1,8% cada.
O EDP é uma colaboração entre a Brewers Association e o Programa de Acesso ao Mercado do Serviço Agrícola Estrangeiro do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA). A cerveja, produzida a partir da cevada e de outros cereais e do lúpulo, é um produto alimentar agrícola. Por meio da EDP, a Brewers Association e o USDA dividem os custos de marketing no exterior e atividades promocionais que ajudam a construir mercados comerciais de exportação para a cerveja artesanal americana.
“A conscientização sobre a cerveja artesanal americana nunca foi tão alta, e os mercados internacionais de cerveja oferecem uma maneira de diversificar as vendas, proteger o comércio doméstico e expandir seus negócios, se bem feito”, disse Parr.
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A Brewers Association ainda emprega um Embaixador Americano da Cerveja Artesanal, que reside em Londres, na Inglaterra, e representa a cerveja artesanal americana em eventos e festivais em toda a Europa. “A cerveja artesanal americana foi exportada pela primeira vez para a Europa na década de 1990, quando pioneiras como as marcas Sierra Nevada e Rogue começaram a entrar no mercado do Reino Unido”, diz Lotte Peplow. “Os bebedores britânicos de cerveja abraçaram os sabores ousados e poderosos do lúpulo americano e rapidamente se apaixonaram pelo movimento cervejeiro artesanal dos EUA.
Outras partes da Europa, como a Suécia, seguiram o exemplo. A cerveja artesanal americana continua a desfrutar de uma forte demanda na Europa, apesar das tradições cervejeiras bem estabelecidas. Enquanto a demanda continuar a crescer por cerveja artesanal americana de alta qualidade e nossos parceiros comerciais continuarem a oferecer sempre a cerveja mais fresca possível, a cerveja artesanal americana continuará a prosperar na Europa”.
“A culinária francesa influenciou a gastronomia global, e os cervejeiros artesanais americanos fizeram o mesmo com a bebida em escala global”, disse Parr. “Quarenta anos atrás, havia menos de 50 cervejeiros artesanais americanos. O mercado de cerveja artesanal, como o conhecemos, era inexistente e não estava vinculado a nenhuma tradição ou história cervejeira, permitindo que as cervejarias artesanais americanas fossem pioneiras no mercado a partir do zero. Cervejas saborosas e de alta qualidade sendo produzidas por mais de 9.500 pequenas e independentes cervejarias artesanais americanas, hoje, não tem paralelo em nenhum outro lugar do mundo. Por isso, o que ocorre nos EUA está sendo replicado em outros mercados de cerveja”, disse Parr. E emenda: “A demanda por boa cerveja não é uma qualidade americana, mas humana”.
*Don Tse é colaborador da Forbes EUA, escritor e consultor, atuando há 25 anos no setor de cerveja artesanal. É juiz do ranking BJCP, nos EUA e atualmente co-apresentador do All About Beer Podcast (tradução: Forbes Agro).
O post EUA têm o maior mercado de cervejas artesanais e quer o mundo como cliente apareceu primeiro em Forbes Brasil.