Em 5 de julho, Mark Zuckerberg acrescentou mais um capítulo à história recente da internet ao adiantar, em algumas horas, o lançamento do Threads, plataforma em texto vinculada ao Instagram que surgiu para concorrer diretamente com o Twitter, comprado em 2022 por Elon Musk.
A chegada da nova rede social foi marcada por euforia, provocações e até acusação de plágios. No Brasil, o Threads dominou os principais temas estando por vários dias nos trending topics, inclusive do app rival. Em sete horas de existência, chegou a 10 milhões de usuários e bateu todos os recordes de plataformas anteriores, para um grau de comparação, o Facebook levou 10 meses para chegar a 1 milhão de usuários.
Confira 5 números do Threads em 1 mês de existência da plataforma:
A nova rede chegou a 100 milhões de usuários cinco dias após seu lançamento. Apesar de toda a repercussão e números animadores para a Meta, dona também do Instagram e Facebook, o atual momento da rede já é de desafios. De acordo com as plataformas de monitoramento Sensor Tower, o número diário de usuários da rede caiu 82% chegando a apenas oito milhões de pessoas. Essa marca, identificada em 31 de julho, foi a mais baixa desde o primeiro dia de vida do Threads, quando o acesso diário era de 44 milhões de pessoas.
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Outro dado chama a atenção: a queda de engajamento. No início, as pessoas abriam o app 14 vezes e navegavam por quase 20 minutos diariamente, números que caíram mais do que a metade. Desde o primeiro dia de agosto, o tempo médio na plataforma passou para 2,9 minutos. O esfriamento de entusiasmo em relação ao site que estreou com tanto sucesso significa fracasso? Para os especialistas e para o próprio Zuckerberg, não.
“O Threads mostrou um crescimento sem precedentes. Neste momento, nosso objetivo é reter e melhor os aspectos básicos da plataforma. Posterior a essa fase, o esforço será em crescer a comunidade e aí sim pensar em escala”, disse o CEO da Meta na última teleconferência de resultados da empresa.
O que determinará o futuro do Threads?
De acordo com Abe Yousef, analista sênior de insights da Sensor Tower, os desafios da nova rede da Meta passam por alguns esforços da empresa de Mark Zuckerberg que, se aplicados, serão fundamentais. Aprimorar recursos: esse é um dos pontos principais de atração para os usuários e pode ser um elemento favorável na manutenção e retenção das pessoas. Melhorar da experiência do usuário com uma navegação ainda mais intuitiva e próxima do que é o Twitter. Construção de comunidade é outro elemento importante para fortalecer a rede.
“Além disso, a Meta deve desenvolver estratégias de retenção para evitar mais desgaste do usuário. Isso pode envolver o aproveitamento da análise de dados para identificar padrões e comportamentos que contribuem para o desengajamento do usuário. Ao entender as razões por trás da desistência do usuário, a empresa pode implementar intervenções direcionadas para melhorar as taxas de retenção”, destacou Yousef.
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