Ibovespa sobe após primeira queda da Selic em 3 anos

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O Ibovespa sobe na manhã desta quinta-feira (03), com o mercado repercutindo a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa referencial Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Foi a primeira queda dos juros em três anos: a baixa mais recente ocorreu no dia 5 de agosto de 2020. Naquela data, o Copom reduziu a Selic de 2,25% para 2,00% ao ano para conter os impactos da pandemia provocada pelo coronavírus. No cenário internacional, os investidores ainda acompanham o ‘efeito fitch’, que derrubou as principais bolsas mundiais, após a agência de classificação Fitch rebaixar a nota de crédito dos Estados Unidos.

Por volta das 10h20, o Ibovespa tinha alta de 0,40%, aos 121.336 pontos. Enquanto isso, o dólar subia 1,26%, negociado a R$ 4,86.

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (2) uma redução na Selic, para 13,25% ao ano, em decisão que dividiu os membros de sua diretoria em 5 a 4, e sinalizou novos cortes equivalentes nas próximas reuniões do Copom, após a primeira flexibilização na taxa básica de juros em três anos.

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Após meses de pressão de membros do governo para que o ciclo de baixa nos juros fosse iniciado, o BC disse que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto, mas considerou ser apropriado adotar ritmo de queda mais intenso em função da melhora do quadro inflacionário.

“O principal fundamento para a decisão foi a avaliação de melhora do quadro inflacionário, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos”, disse Sérgio Goldenstein, da Warren, que também destacou que “aparentemente, o comunicado buscou conter um excesso de otimismo com relação à trajetória da taxa, ao citar a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista.”

No cenário corporativo, os investidores aguardam os resultados da Petrobras (PETR4), Bradesco (BBDC4), Lojas Renner (LREN3), Cemig (CMIG4) e CCR (CCRO3), após o fechamento do mercado.

Mercado internacional

O mercado asiático fechou, em sua maioria, em queda após a agência Fitch rebaixar a classificação de crédito dos EUA de “AAA” para “AA+”, citando a deterioração fiscal esperada nos próximos três anos e o aumento da dívida do governo. Esse rebaixamento gerou incertezas nos mercados globais, afetando negativamente o sentimento dos investidores.

Por sua vez, o Banco da Inglaterra elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta quinta-feira, para um pico de 15 anos de 5,25%, e fez novo alerta de que os custos de empréstimos deverão permanecer altos por algum tempo. Ao contrário do Federal Reserve ou do Banco Central Europeu – que também aumentaram em 0,25 ponto na semana passada – a autoridade monetária britânica deu poucas indicações de que o aperto está prestes a terminar enquanto luta contra a inflação elevada.

Nos EUA, o número de novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou ligeiramente na semana passada, enquanto as demissões caíram para uma mínima de 11 meses em julho. Os pedidos iniciais aumentaram em 6 mil na semana encerrada em 29 de julho, para 227 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. O dado ficou em linha com a expectativa do mercado.

Confira os principais índices:

EUA (futuros):

Dow Jones: -0,20%
S&P 500: -0,33%
Nasdaq: -0,56%

Europa:

DAX (Frankfurt): -0,86%
FTSE100 (Londres): -0,61%
CAC 40 (Paris): -0,69%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): -1,61%
Kospi (Coreia): -0,42%
Xangai (China): +0,58%

(Com Reuters)

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