As previsões apontam que a futura internet revolucione a maneira como interagimos com o mundo digital – e essa revolução não se limita apenas aos jogos e às mídias sociais. Ela tem o potencial de ser uma nova fronteira também para artistas e colecionadores.
Os artistas sempre estiveram na vanguarda da inovação e da criatividade, e o metaverso oferece a eles uma nova tela para se expressar. A futura internet dará aos artistas a capacidade de criar novos trabalhos inovadores, compartilhar sua arte com um público global e ser compensado de forma mais justa por seus esforços.
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Vamos nos aprofundar no que a futura tecnologia da internet significará para artistas e colecionadores explorar suas possibilidades e discutir como os artistas podem se adaptar a este novo mundo digital.
Navegando na interseção da arte e das tecnologias Web3
À medida que nos aventuramos mais na era digital, a tela da criatividade se torna cada vez mais virtual. Os artistas, não mais confinados às ferramentas e espaços tradicionais de seu ofício, exploram e adotam novas tecnologias que redefinem seus limites criativos. Na vanguarda desse movimento estão as tecnologias Web3 – um conjunto de sistemas descentralizados baseados em blockchain que prometem reconfigurar os contornos da criação, propriedade e consumo artísticos.
Aqui estão três das principais maneiras pelas quais as tecnologias Web3 – particularmente NFTs – permitirão que os artistas retomem o controle de sua arte, incluindo como são pagos e como seu trabalho é usado:
1. Com NFTs e contratos inteligentes executados automaticamente, os artistas podem receber uma parte da venda toda vez que seu trabalho é vendido e revendido entre colecionadores;
2. Os registros blockchain potencialmente agregarão valor às peças de arte NFT porque artistas e colecionadores poderão ver de onde veio cada obra e quem a possui desde que foi inicialmente vendida;
3. A arte digital criará uma nova classe de ativos que serão mais adequados para as pessoas que vivem no mundo digital tanto quanto no mundo físico.
Aproveitando a revolução da IA na arte
Entre as forças transformadoras no mundo da arte, a IA generativa emergiu como uma ferramenta de extraordinário potencial. Na interseção entre tecnologia e criatividade, os algoritmos generativos de IA funcionam como colaboradores virtuais, auxiliando os artistas na criação de obras de arte de valor estético único.
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Nesse processo, os artistas projetam algoritmos ou regras que a IA segue para gerar peças de arte, levando a uma empolgante mistura de criatividade humana e eficiência da máquina. A obra de arte resultante, inerentemente imprevisível devido à natureza dos algoritmos, geralmente possui um dinamismo, complexidade e escala únicos que não poderiam ser alcançados apenas pela mão humana.
Esse processo inovador pode resultar em uma variedade quase infinita de peças de arte, cada um imbuído de uma identidade singular pela sua gênese algorítmica. Ao vincular a arte generativa de IA à infraestrutura Web3, os artistas podem emitir cada uma dessas peças exclusivas como NFTs, ressaltando sua autenticidade e singularidade digital. Isso não apenas redefine o conceito de originalidade na arte, mas também abre novos caminhos para os artistas monetizarem sua criatividade no mundo digital. Assim, a fusão da IA generativa com as tecnologias emergentes de NFTs, blockchain e contratos inteligentes está criando uma nova fronteira vibrante no cenário da arte digital.
Um exemplo vem do Art Blocks , uma plataforma baseada em Ethereum onde os colecionadores podem investir em NFTs de arte generativos exclusivos. A plataforma já facilitou mais de US$ 1 bilhão em vendas primárias e secundárias.
Transformando a Galeria de Arte Tradicional
Já temos galerias no metaverso – exposições virtuais onde os artistas podem mostrar seu trabalho para um público global sem as limitações do espaço físico. Esses espaços podem assumir várias formas, desde ambientes VR até sites 2D simples.
As galerias no metaverso podem oferecer experiências imersivas e interativas para os visitantes. Os espectadores podem explorar o espaço da galeria virtual, interagir com as obras de arte e até participar de eventos e inaugurações. Isso torna a experiência de visitar um desses espaços mais envolvente e memorável do que simplesmente visualizar obras de arte online.
Alguns mercados NFT (como o SuperRare ) também estão abrindo galerias físicas onde as pessoas podem ver arte digital em molduras na parede. Esses tipos de exibições físicas de NFT ainda são experimentais, mas ilustram como o metaverso pode se cruzar com experiências do mundo real.
À medida que a tecnologia do metaverso continua a evoluir, provavelmente veremos galerias de metaverso mais sofisticadas e inovadoras emergindo, oferecendo possibilidades novas e empolgantes para artistas e amantes da arte.
*Bernard Marr é um autor best-seller internacional, palestrante popular, futurista e consultor estratégico de negócios e tecnologia para governos e empresas.
(traduzido por Andressa Barbosa)
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