Taylor Swift domina as paradas da Billboard 200, lista dos álbuns e EPs mais vendidos nos Estados Unidos, pela segunda semana com seu último álbum, Speak Now (Taylor’s Version). Ele estreou em primeiro lugar, com impressionantes 716 mil unidades vendidas. Isso marca a terceira vez que os lançamentos regravados de Swift, todos conhecidos como Taylor’s Version (As versões de Taylor), foram aclamados pela crítica e recebidos com êxito comercial.

Embora as coisas claramente estejam dando certo para a cantora, a decisão de embarcar na jornada de regravar seus álbuns tinha muitos riscos, e ninguém poderia prever o nível de sucesso que essas regravações poderiam ter.

Swift anunciou pela primeira vez o plano ambicioso de regravar seus seis primeiros álbuns em 2019, surpreendendo sua legião de fãs. A cantora e compositora tomou essa decisão para recuperar a propriedade e o controle das suas músicas, cujos direitos foram vendidos pelo empresário Scooter Braun, dono da gravadora Big Machine.

Sua estratégia era vender e colocar os álbuns regravados em plataformas de streaming, incentivando seus fãs a focar nas versões atualizadas, o que geraria royalties diretamente em sua conta bancária.

Leia também:

Turnê de Taylor Swift pode injetar US$ 4,6 bilhões na economia dos EUA
Beyoncé e Taylor: quanto as divas faturam nos palcos do mundo

Na época, o plano de Swift parecia um passo calculado e lógico, mas o sucesso de álbuns regravados era um território totalmente desconhecido. Apesar de ela ser uma das maiores estrelas da indústria da música, não havia garantia de que seus fãs aceitariam as versões regravadas e deixariam de ouvir as originais, que já conheciam e amavam.

Outros artistas que regravaram suas músicas antes não tiveram o mesmo nível de sucesso que Swift conquistou. A possibilidade de suas regravações terem baixo desempenho, alcançando apenas o top 10 na Billboard 200 em vez do primeiro lugar, ou mesmo nem chegando a esse nível, era uma preocupação real. Dado o tamanho de Swift na indústria e seu histórico consistente de sucesso no topo das paradas, qualquer coisa menos do que o 1º lugar provavelmente seria notado na imprensa como um fracasso.

Mas uma vez que ela começou, não podia mais parar. Desistir da promessa que fez aos seus fãs não era uma opção, já que Swift havia se comprometido a regravar seis álbuns. Cancelar o lançamento teria sido estranho e decepcionante – e o motivo seria aparente. A pressão estava alta, e o sucesso dos novos álbuns determinaria se as sequência de vitórias no topo da Billboard 200 continuaria ou chegaria ao fim.

Mas as preocupações da cantora ficaram de lado, já que todas as suas regravações provaram ser grandes sucessos. Fearless (Taylor’s Version), Red (Taylor’s Version) e agora Speak Now (Taylor’s Version) subiram todos para o primeiro lugar na Billboard 200 e venderam incrivelmente bem. 

Essas regravações não apenas solidificaram o papel de Swift na história da música, mas também demonstraram que, mesmo com versões levemente retrabalhadas de músicas com as quais seus fãs já estavam familiarizados, ela ainda poderia alcançar o sucesso no topo das paradas e superar muitos outros artistas com álbuns totalmente novos.

O risco que Swift assumiu ao regravar seus álbuns foi significativo, mas as recompensas foram ainda maiores do que qualquer um poderia ter previsto. Com três números 1 consecutivos, ela tem quase a garantia de que vai ganhar muito mais antes de terminar a era das regravações, e, a essa altura, alguns desses novos lançamentos podem ser classificados como seus maiores e melhores até agora.

5 lições de liderança para aprender com Taylor Swift

*Hugh McIntyre é colaborador da Forbes USA. Ele é jornalista de música em Nova York, e já escreveu para veículos como Huffington Post, Billboard, Mashable, Noisey, The Hollywood Reporter, MTV, Fuse, e outras revistas e sites pelo mundo.

(traduzido por Fernanda de Almeida)

O post Taylor Swift prova que riscos calculados podem levar a uma era de sucesso apareceu primeiro em Forbes Brasil.