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Cenários
A semana se encerra com dois índices importantes de inflação, no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, a Fundação Getulio Vargas divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) mostrando uma deflação de 0,72% em julho. O resultado ficou em linha com as expectativas, que eram de uma deflação de 0,73%, e foi menor que a deflação de 1,93% em junho. Mais uma vez, a variação dos preços está dependendo de itens como commodities e combustíveis.
Nos Estados Unidos será divulgado um índice importante, o Personal Consumption Expenditure (PCE), também conhecido como “inflação do Fed”, referindo-se ao Federal Reserve, o banco central americano. O PCE é considerado pelo Fed uma medida de inflação mais precisa, e tem mais peso na formulação da política monetária. A projeção para o “núcleo” do PCE, que exclui os preços mais voláteis dos alimentos e dos combustíveis, é de uma desaceleração para 4,2% nos 12 meses até junho, ante os 4,6% nos 12 meses até maio.
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Perspectivas
As duas inflações são relevantes por motivos diferentes. O IGP-M é um índice importante para o cálculo de reajustes de aluguéis e de várias tarifas de concessões públicas. A desaceleração da deflação pode indicar que o arrefecimento de preços de commodities e combustíveis pode estar acabando. Ou seja, pode indicar uma retomada de outros índices de inflação, como o IPCA, nos próximos meses.
Já o PCE é importante para a formulação dos juros nos Estados Unidos. Na quarta-feira (26) o Fed divulgou um aumento, já esperado, de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, elevando as taxas para o intervalo entre 5,25% e 5,50% ao ano. Ao comentar o resultado, Jerome Powell, presidente do Fed, não deu qualquer sinalização sobre a trajetória futura dos juros, e disse que as próximas decisões dependerão dos dados. Se os indicadores mostrarem que a inflação americana segue desacelerando, fica mais provável que o Fed interrompa a alta sistemática de juros que começou em março de 2022.
Indicadores
Brasil
IGP-M (jul)
Observado: – 0,72%
Esperado: – 0,71%
Anterior: -1,93%
Taxa de desemprego (jun)
Esperado: 8,2%
Anterior: 8,3%
Dívida bruta/Pib (jun)
Esperado: 74,0%
Anterior: 73,6%
Estados Unidos
Personal Consumption Expenditure (jun)
Esperado: – 0,1%
Anterior: + 0,1%
Personal Consumption Expenditure (12m)
Esperado: 3,1%
Anterior: 3,8%
Núcleo do Personal Consumption Expenditure (jun)
Esperado: 0,2%
Anterior: 0,3%
Núcleo do Personal Consumption Expenditure (12m)
Esperado: 4,2%
Anterior: 4,6%
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