O Ibovespa opera em alta na manhã desta sexta-feira (28), após encerrar o pregão em forte queda de 2,10% na véspera. Os dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos, assim como a temporada de balanços, movimentam o índice. Por volta das 10h20, o Ibovespa tinha alta de 0,25%, aos 120.168 pontos. Enquanto o dólar tinha queda de 0,76%, negociado a R$ 4,72.
O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) desacelerou sua queda a 0,72% em julho, após recuo de 1,93% no mês anterior, informou a FGV, citando uma deflação menos intensa ao produtor. O resultado ficou praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,71%, e levou a taxa em 12 meses a uma queda de 7,72%, renovando um recorde de deflação da série histórica.
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Além disso, o Brasil encerrou o segundo trimestre com uma taxa de desemprego de 8,0%, abaixo do esperado e a mais fraca para o período em quase dez anos, em meio tanto ao forte recuo no número de empregados como ao aumento nos ocupados. O dado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgado nesta sexta-feira ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 8,2%.
Por sua vez, a dívida bruta do País ficou estável em junho, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário acima do esperado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. A dívida pública bruta como proporção do PIB fechou junho em 73,6%, repetindo a mesma taxa do mês anterior, e pouco abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 74,0%.
A inflação anual dos Estados Unidos desacelerou consideravelmente em junho, provavelmente deixando o Federal Reserve mais perto de encerrar seu ciclo de alta de juros mais rápido desde a década de 1980. A inflação medida pelo índice PCE subiu 0,2% no mês passado, após avanço de 0,1% em maio, informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira.
No Japão, o banco central manteve as taxas de juros em níveis ultrabaixos e enfatizou a necessidade de manter o suporte à economia, ele disse que o ajuste em seu esquema de controle da curva de rendimento de títulos permitirá que responda “agilmente” a riscos, incluindo o aumento das pressões de preço na terceira maior economia do mundo.
Temporada de balanços
No segundo trimestre, o lucro líquido da Vale (VALE3) teve uma queda significativa de 78,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 892 milhões de dólares. Essa redução foi principalmente atribuída a uma diminuição nos preços realizados de minério de ferro e níquel. O resultado ficou muito abaixo das expectativas dos analistas, que previam um lucro líquido médio de 2,21 bilhões de dólares, de acordo com dados da Refinitiv.
Já a Usiminas (USIM5) registrou um lucro líquido de 287 milhões de reais entre abril e o final de junho, o que representa uma queda de 73% em relação ao mesmo período de 2022 e cerca de 50% em relação aos três primeiros meses deste ano. No entanto, o resultado superou as expectativas do mercado.
As principais petrolíferas, incluindo a Exxon Mobil Corp, também enfrentaram quedas nos lucros no segundo trimestre. A Exxon Mobil teve uma redução de 56% no lucro, ficando abaixo das projeções de Wall Street. As empresas do setor foram impactadas por uma acentuada queda nos preços da energia e menores margens de combustível. Outras grandes petrolíferas, como Chevron, Shell e TotalEnergies, também relataram declínios nos lucros de 48%, 56% e 49%, respectivamente. Essas quedas ocorreram após o aumento significativo nos lucros do ano anterior, impulsionado pela invasão russa da Ucrânia, que elevou os preços do petróleo e gás.
Confira os principais índices:
EUA (futuros):
Dow Jones: +0,51%
S&P 500: +0,73%
Nasdaq: +1,19%
Europa:
DAX (Frankfurt): +0,29%
FTSE100 (Londres): +0,21%
CAC 40 (Paris): +0,06%
Ásia:
Nikkei (Tóquio): -0,47%
Kospi (Coreia): +0,17%
Xangai (China): +1,84%
(Com Reuters)
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