Economia da França e da Espanha crescem a ritmo sustentado no 2º trimestre

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Eric Gaillard/ Reuters

Local de construção em Nice, França.

Algumas das maiores economias da zona do euro apresentaram resiliência no segundo trimestre mesmo que uma série de indicadores tenha apontado para mais fraqueza à frente.

As economias da França e da Espanha cresceram a um ritmo sustentado em meio a um setor de turismo e exportações fortes, disseram agências de estatísticas nesta sexta-feira (28), indicando uma possível recuperação da zona do euro.

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Mas a Alemanha estagnou depois que a economia caiu em uma leve recessão. Foi principalmente o consumo das famílias que ajudou a evitar uma recessão mais longa.

O Produto Interno Bruto alemão estagnou no segundo trimestre depois que a economia entrou em uma leve recessão no inverno. Foi principalmente o consumo das famílias que ajudou a evitar uma recessão mais longa.

Embora existam algumas tendências positivas, o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, disse que os números eram “tudo menos satisfatórios”.

O fraco poder de compra, as carteiras de pedidos industriais reduzidas, o impacto do aperto monetário mais agressivo em décadas e a esperada desaceleração da economia dos EUA são argumentos a favor da atividade econômica fraca, disse Carsten Brzeski, chefe global de macro da ING.

“Continuamos a ver a economia alemã presa na zona de penumbra entre a estagnação e a recessão”, disse Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia no ING.

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O PIB da França expandiu 0,5% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, mais rápido do que o esperado, enquanto a economia espanhola cresceu 0,4%, de acordo com dados das agências de estatísticas de cada país.

O crescimento francês foi impulsionado pelas exportações, impulsionadas em grande parte pela entrega de um navio de cruzeiro. Na Espanha, a demanda externa, que inclui o turismo estrangeiro, pilar da atividade do país, liderou o crescimento.

“Vemos que, pela primeira vez, o crescimento francês é impulsionado pelas exportações, pelo investimento corporativo muito mais do que pelo consumo das famílias”, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, à rádio RTL.

“Isso mostra mais uma vez que nosso motor de produção está funcionando bem e eficientemente.”

Apesar da estagnação da Alemanha, os dados da Espanha e da França devem ajudar o crescimento da zona do euro a se recuperar da estagnação registrada nos primeiros três meses do ano. Os dados para o bloco no segundo trimestre serão divulgados na segunda-feira.

Na Alemanha, a economia ficou estagnada no segundo trimestre, contra expectativa de avanço de 0,1%, uma vez que o poder de compra fraco, juros mais altas e encomendas fracas às indústrias pesaram sobre a maior economia da zona do euro.

Olhando mais à frente, ainda há uma perspectiva econômica incerta para a zona do euro.

As grandes empresas do bloco estão registrando níveis de atividade estagnados e não veem melhora no trimestre atual, com riscos inclinados para resultados ainda mais negativos, disse o Banco Central Europeu nesta sexta-feira com base em uma pesquisa com grandes empresas.

A pesquisa contribui para uma imagem já sombria com uma série de indicadores, de leituras do PMI ao PIB e dados de empréstimos, sugerindo que o bloco está na ponta mais fraca das expectativas, com riscos de recessão em alta.

O BCE elevou os juros pela nona vez consecutiva na quinta-feira, mas deixou a porta aberta para uma pausa em setembro, em parte por causa do crescimento mais fraco e sinais iniciais de desaceleração na inflação subjacente.

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