O Federal Reserve elevou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (26), citando a inflação ainda elevada como justificativa para o que são agora os maiores custos de empréstimos nos Estados Unidos em 16 anos.
O aumento, o 11º do Fed em suas últimas 12 reuniões, colocou a taxa de juros de referência do banco central dos EUA na faixa de 5,25% a 5,50%, e o comunicado que a acompanha a decisão deixou a porta aberta para novos aumentos.
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“O Comitê (Federal de Mercado Aberto) continuará avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária”, disse o Fed em linguagem pouco alterada em relação ao comunicado de junho, deixando as opções de política monetária do banco central em aberto enquanto busca o ponto de parada para o ciclo de aperto atual.
Assim como em junho, o Fed disse que vai observar os dados recebidos e estudar o impacto de seus aumentos de juros na economia “para determinar a extensão de um aperto adicional na política monetária que poderia ser apropriado” para atingir sua meta de inflação de 2%.
Embora os dados de inflação desde a última reunião do Fed em junho tenham sido mais fracos do que o esperado, as autoridades têm relutado em alterar sua postura agressiva até que haja mais avanços na redução das pressões de preços.
As principais medidas de inflação permanecem mais do que o dobro da meta do Fed, e a economia de acordo com várias medidas, incluindo uma taxa de desemprego em um nível baixo de 3,6%, tem superado as expectativas dado o rápido aumento dos juros.
Os ganhos de emprego permanecem “robustos”, disse o Fed, enquanto descreveu um ritmo “moderado” de crescimento da economia, uma ligeira melhora ante o ritmo “modesto” visto na reunião de junho.
O governo dos EUA vai divulgar na quinta-feira dados do PIB do segundo trimestre, com expectativa de expansão a um ritmo anual de 1,8%, segundo economistas consultados pela Reuters.
No entanto, faltando cerca de oito semanas até a próxima reunião do Fed, um intervalo mais longo do que o habitual, a moderação contínua no ritmo de aumentos de preços pode fazer deste o último aumento dos custos dos empréstimos em um ciclo que começou com uma alta cautelosa de 0,25 ponto percentual em março de 2022, antes de acelerar para o aperto monetário mais rápido desde a década de 1980.
Nas projeções econômicas mais recentes das autoridades do Fed, 12 das 18 autoridades esperavam que pelo menos mais uma alta de 0,25 ponto seria necessária até o final deste ano.
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