Adidas combate problema com Yeezy vendendo US$ 565 milhões em pedidos online

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Tenis Adidas Yeezy

As sobras de sapatos da marca Yeezy estão ajudando a Adidas a deixar grandes dívidas de lado. Isso porque, desde que os pares voltaram ao mercado, a marca vendeu US$ 565 milhões (R$ 2,6 bilhões) em pedidos online. Desta forma, a liquidação multimilionária significa que a empresa provavelmente não terá que fazer uma grande baixa contábil em suas mercadorias restantes da Yeezy.

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O que aconteceu?

Desde o corte de laços com Ye (anteriormente conhecido como Kanye West) em outubro do ano passado, a Adidas esperava registrar um prejuízo operacional de mais de € 700 milhões  em 2023 devido ao estoque não vendido de calçados Yeezy. Em vez disso, a Adidas colocou seu primeiro lote de Yeezys à venda no mês passado e vendeu quatro milhões de tênis em 48 horas, de acordo com o Financial Times. Quinze modelos Yeezy estavam em oferta, variando de US$ 70 a US$ 260.

No início deste ano, o CEO da Adidas declarou durante em sua teleconferência de resultados que “2023 será um ano turbulento com números decepcionantes, onde maximizar nossos resultados financeiros de curto prazo não é nosso objetivo.”

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Ele também admitiu que a perda da marca Yeezy “está nos prejudicando”. No entanto, a empresa alemã de calçados e vestuário afirma ter todas as patentes e direitos autorais da propriedade intelectual, designs e cores, e pode omitir a marca e continuar vendendo o sapato. Em fevereiro de 2023, a Adidas fechou discretamente o site Yeezysupply.com.

Outras marcas que podem seguir o mesmo caminho

A segunda maior marca esportiva do mundo enfrentou cerca de US$ 1,3 bilhão em estoque de calçados Yeezy não vendidos. No entanto, o principal problema da Adidas é sua estratégia nos últimos anos, que se concentrou em parcerias com outros artistas, incluindo Bad Bunny, Pharrell Williams e Beyoncé, que nem sempre atenderam às expectativas financeiras, informou o CultureBanx.

As vendas de Ivy Park, marca da cantora norte-americana, caíram mais de 50%, para US$ 40 milhões em 2022, muito abaixo dos US$ 250 milhões projetados pela Adidas, segundo o Wall Street Journal. O contrato existente entre a artista e a marca, que paga anualmente aos US$ 20 milhões, já estava previsto para expirar no fim deste ano.

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A Adidas reportou uma queda de 1% na receita do primeiro trimestre ano a ano, embora os analistas previssem uma queda de 4%. A gigante do vestuário esportivo faturou US$ 5,82 bilhões na receita do primeiro trimestre de 2023. O atraso na receita da comparação dos números ano a ano da empresa devido à descontinuação dos negócios da Yeezy ocorreu principalmente nas regiões da América do Norte, Grande China e EMEA. Os resultados do segundo trimestre da empresa serão divulgados em 3 de agosto.

Próximos passos

Uma parte significativa dos lucros das vendas de junho será doada a cinco organizações que combatem o racismo e o antissemitismo, incluindo a Anti-Defamation League e o Philonise & Keeta Floyd Institute for Social Change, fundado pelo irmão de George Floyd. Essas doações podem ultrapassar US$ 9 milhões.

Kori Hale é a CEO da CultureBanx, e cobre a interseção de negócios, tecnologia e inovação para minorias.

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