O que Barbie e Oppenheimer te ensinam sobre rivalidade nos negócios?

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Warner Bros.

Cena de Barbie: concorrência com Oppenheimer em meio à greve em Hollywood

O assunto do momento é o lançamento dos dois filmes do ano: Barbie e Oppenheimer. Por mais que os dois filmes tenham propostas completamente diferentes, podemos aprender muito sobre rivalidade nos negócios com eles.

Barbie é um filme que conta a história da boneca mais famosa do mundo sob uma ótica diferente, abordando temas como padrão de beleza, orientação sexual, feminismo e diversos outros. De acordo com a sinopse, a boneca foi expulsa do mundo de Barbie por não se enquadrar no padrão de beleza e o filme retrata sua jornada para descobrir que a verdadeira beleza está dentro de si mesma (com muito humor e críticas sociais). O mundo rosa de Barbie é retratado com cores que remetem à nostalgia e memória afetiva.

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Por outro lado, Oppenheimer retrata um dos piores episódios da humanidade. Robert Oppenheimer é considerado o “pai da bomba atômica”, e o filme retrata a jornada do protagonista trabalhando no projeto Manhattan em segredo para construir a bomba atômica ao lado de outros cientistas, de forma pesada e dramática, algo que o diretor, Christopher Nolan faz como ninguém. Além disso, o filme aproveita as interpretações densas do elenco de peso, com Cillian Murphy, Robert Downey JR., Matt Damon, Florence Pugh e outros grandes nomes de Hollywood.

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Aqui já deu para entender que a proposta dos dois filmes é bem distinta, né? Mas uma coisa que eles têm em comum é a dificuldade de divulgar os lançamentos por conta da greve de Hollywood. Por conta das cláusulas abusivas sobre uso da imagem dos atores por inteligências artificiais, e o aumento dos pagamentos para todos que trabalham na indústria do cinema. Por esse motivo, quase todos os atores se recusaram a participar de coletivas de imprensa, ou de nenhum evento de divulgação dos filmes. Barbie ainda teve uma boa divulgação nesse sentido, mas tiveram que parar um tempo antes do lançamento do filme.

Falando de marketing e rivalidade, além dos belíssimos exemplos de ações de marketing para promover e gerar grana pro filme, como Barbie fazendo várias collabs ao redor do mundo, o show que Margot Robbie entregou usando method dressing (que é quando um ator ou atriz, para fazer a divulgação de um filme, incorpora referências do filme nos looks), ou outros exemplos, o que me chamou atenção foi o marketing de guerrilha entre os dois.

Os filmes foram lançados no mesmo dia, e, um bom tempo antes, a imprensa começou a soltar notas indicando uma certa rivalidade entre ambos por conta disso, o que gerou muita mídia espontânea. Memes fazendo a junção dos dois, conteúdos a rodo pelas redes sociais e nessa semana de lançamento agora, a internet só falava de Barbie ou de Oppenheimer.

O marketing de guerrilha é utilizado por muitas empresas ao longo da história, como Pespi e Coca, McDonalds e Burger King, e até Cristiano Ronaldo e Messi. A rivalidade, quando utilizada de forma inteligente, pode ser MUITO benéfica para os dois lados. No caso que estamos falando, se Barbie venderia 50 ingressos, com a rivalidade ela não irá vender 25, é mais provável que os dois vendam 100. Isso acontece porque a escolha não é mais se eu vou ou não comprar, e sim qual dos dois eu vou comprar.

Quem já não ia assistir um dos dois filmes, só trocou a dúvida de ir assistir o que queria pela certeza. Ou seja, é um ganha-ganha. Não à toa que os dois filmes estão batendo recordes de bilheteria. Isso nos ensina que ter um inimigo nos negócios não precisa ser algo ruim, desde que essa rivalidade seja trabalhada de forma estratégica para os dois lados.

Nem toda concorrência é ruim, na verdade, ela pode ser a melhor coisa para os dois negócios. O que você acha?

Isabela Matte tem 24 anos, é mãe, empreendedora desde os 12, escritora, pós graduada em Filosofia, influenciadora, palestrante, podcaster, Under 30 e educadora. Fundadora da marca Isabela Matte e da edtech de empreendedorismo digital IMATIZE.

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