O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a queda em julho, mas ainda teve baixa significativa que levou o indicador a renovar recorde de maior deflação no acumulado dos últimos 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (17).
O IGP-10 teve baixa de 1,10% neste mês, ante recuo de 2,20% em maio, registrando queda de 7,89% em 12 meses, a mais intensa desde o início dos registros desse indicador, que remonta a 1994.
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Em julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, desacelerou a queda para 1,54%, ante baixa de 3,14% antes.
“A aceleração do preço do minério de ferro (de -8,04% para 3,19%) e as quedas menos intensas registradas para o milho (de -15,63% para -9,49%) e para a soja (de -5,16% para -3,07%) contribuíram para o avanço da taxa do índice ao produtor”, explicou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do indicador geral, passou a mostrar variação positiva de 0,02%, ante queda de 0,18% em junho.
“No âmbito do consumidor, a principal contribuição para a aceleração do IPC partiu da gasolina (de -3,20% para 2,26%), cujo aumento ocorre pela volta da cobrança do impostos federais (Pis e Cofins)”, disse Braz.
Ao mesmo tempo, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve variação positiva de 0,01% neste mês, após alta de 1,19% em junho.
O IGP-10 é mais um de vários indicadores de inflação que têm mostrado trajetória de arrefecimento das pressões de preços no Brasil, elevando a perspectiva de que o Banco Central começará a cortar os juros em breve, possivelmente já no terceiro trimestre. A taxa Selic está atualmente em 13,75%.
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