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Cenários
Nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deverá divulgar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrando a primeira deflação (queda de preços) em dez meses. A mediana das estimativas dos especialistas é de que o IPCA apresente um recuo de 0,10% em junho. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses vai recuar para 3,17%, abaixo do centro da meta prevista para 2023, que é de 3,25%.
Perspectivas
A inflação vem sendo um problema global no cenário pós-pandemia, e no Brasil essa é uma questão mais complicada do que a média. A economia brasileira é bastante indexada: alugueis, tarifas públicas e boa parte dos salários de trabalhadores formais têm reajustes automáticos pela inflação. Outros itens importantes, como medicamentos e gastos com saúde, também têm seus preços corrigidos por índices de inflação. Por isso, a tarefa do Banco Central (BC) é mais difícil do que a de seus parceiros internacionais.
No caso recente do IPCA, a grande discussão é se a queda da inflação deve-se a um movimento geral de desaceleração da economia, ou se é um movimento pontual derivado da retirada de impostos sobre os combustíveis. A interpretação dessa questão vai definir a trajetória dos juros ao longo do segundo semestre.
É quase um consenso no mercado financeiro que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá reduzir os juros na próxima reunião, agendada para agosto. A questão é se a baixa será mais ou menos agressiva. A conferir.
Indicadores
Brasil
IPCA (jun)
Esperado: – 0,10%
Anterior: + 0,23%
IPCA (12m)
Esperado: 3,17%
Anterior: 3,94%
Estados Unidos
Sem indicadores relevantes
Zona do Euro
Percepção Econômica ZEW (jul)
Observado: -12,2
Esperado: -10,2
Anterior: -10,0
O post Pré-Mercado: o que significa a inflação abaixo do centro da meta apareceu primeiro em Forbes Brasil.