Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram mais de 3% nesta segunda-feira (10), conforme traders aguardavam novas notícias sobre estímulos da China em meio à produção ociosa, e enquanto os fracos dados de demanda do país arrastaram o sentimento do mercado para baixo.
O minério de ferro mais negociado para setembro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações diurnas com queda de 3,5%, a 795,5 iuanes (109,94 dólares) por tonelada métrica, seu pior dia desde outubro.
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Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência em agosto caiu 3,1%, para 104,3 dólares por tonelada métrica. Mais cedo, o contrato chegou a recuar a 104,1 dólares.
“Os preços do minério de ferro permaneceram sob pressão em meio às restrições à produção de aço”, disse a ANZ Research em nota na segunda-feira.
“Tangshan ordenou que as siderúrgicas reduzissem a produção durante todo o mês de julho para combater a piora da qualidade do ar. O calor extremo no norte do país também pode levar à desaceleração da atividade de construção.”
Prevê-se que as temperaturas atinjam mais de 40 graus Celsius em algumas regiões da China, disse Westpac em uma nota separada.
A queda nos preços futuros também pode ser atribuída ao expurgo da liderança do Banco Popular da China (PBoC) no fim de semana passada e à falta de atualizações sobre estímulos da China, acrescentou Westpac.
Os preços de fábrica da China caíram em junho no ritmo mais rápido em mais de sete anos e meio e ficaram abaixo das expectativas, enquanto os preços ao consumidor permaneceram inalterados, à medida que a recuperação pós-Covid vacilante pesa sobre a demanda.
Ainda assim, a China continuará promovendo o desenvolvimento de baixo carbono na indústria siderúrgica, disse o funcionário do Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China, Liu Bingjiang, em uma conferência do setor no sábado.
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