As ações da MRV&Co avançavam nesta terça-feira (4), após a companhia divulgar que a divisão de incorporação teve o melhor trimestre de vendas líquidas da história, bem como que está analisando a possibilidade de realizar uma oferta primária de ações.
A companhia disse que contratou BTG Pactual, Bradesco BBI, Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch para análise de viabilidade e eventual prestação de serviços de assessoria financeira no âmbito da potencial oferta, acrescentando que não há decisão tomada ainda sobre a operação.
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Na semana passada, a Direcional Engenharia levantou R$ 428,87 milhões em uma oferta de ações cotada a R$ 18,25 por papel, afirmando que os recursos seriam usados para crescer e “otimizar” sua estrutura de capital.
Por volta das 14:45, as ações da MRV&Co subiam 3,6%, a R$ 11,61, entre as maiores altas do Ibovespa, que cedia 0,4%.
No fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) antes da abertura do mercado, a MRV&Co afirmou que as vendas sob a métrica VGV (valor total de vendas) atingiram R$ 2,2 bilhões de abril a junho, alta de 22% ante o primeiro trimestre e salto de 48% frente aos mesmos meses de 2022
No segundo trimestre, foram comercializadas 9.765 unidades, aumento de 18,3% na base sequencial e de 23,9% ano a ano. A companhia registrou ainda um aumento no ticket médio das unidades, a R$ 225 mil, acréscimo de 3,3% no comparativo com o primeiro trimestre e elevação de 19,6% na relação ano a ano.
A queima de caixa do segmento incorporação no segundo trimestre somou R$ 77,9 milhões, queda de 35,5% ante os três meses anteriores. O número, porém, ficou acima do consumo de caixa de R$ 64,6 milhões no mesmo período de 2022.
No segundo trimestre, os lançamentos na MRV Incorporação totalizaram R$ 1,3 bilhão, dobrando em relação ao período de janeiro a março. Em comparação com o mesmo intervalo de 2022, ainda representaram queda de 38,2%. As unidades lançadas somaram 5.206, de 2.233 no primeiro trimestre e 8.798 unidades no segundo trimestre de 2022.
O ticket médio nos lançamentos caiu 13,2% na comparação trimestral, para R$ 247 mil, o que significa um aumento de 4,5% ano a ano.
A subsidiária norte-americana Resia teve queima de caixa de R$ 77,4 milhões, bem menor do que o consumo de R$ 578,4 milhões dos primeiros meses do ano, enquanto um ano antes reportou geração de caixa de R$ 334 milhões. Não houve lançamentos de abril a junho, enquanto as vendas somaram R$ 347 milhões, com ticket médio de R$ 1,3 milhão.
A MRV&Co comunicou no final do mês passado que foi concluída a venda do empreendimento Pine Ridge localizado na Flórida, Estados Unidos, pelo VGV de US$ 77 milhões, representando lucro bruto de US$ 17,1 milhões.
“A venda do Pine Ridge no segundo trimestre fazia parte do planejamento estratégico da Resia e ajudou a reduzir a queima de caixa operacional da operação norte americana, que ficou limitada a US$ 16 milhões”, afirmou a MRV&Co no fato relevante nesta terça-feira (4).
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