Ibovespa sobe em meio à deflação do IGP-M; GPA avança 13%

Nesta quinta-feira (29), o Ibovespa subiu 1,58% a 118.519,80 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 20,33 bilhões. O mercado operou monitorando a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), com foco nas decisões envolvendo as metas de inflação deste e dos próximos anos, atualmente de 3,25% para 2023.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou uma queda de 1,93% em junho, mais do que o esperado pelo mercado, após a baixa de 1,84% no mês anterior, marcando as taxas de deflação mais acentuadas da série histórica, tanto na comparação mensal quanto no acumulado do último ano.

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Com esse resultado, o índice passou a mostrar baixa de 6,86% em 12 meses, marcando deflações recordes na série iniciada em 1989, informou a FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta quinta-feira (29).

Destaques do dia

Liderando as altas, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) subiu 13,55% a R$ 18,35, depois de divulgar que o empresário colombiano Jaime Gilinski apresentou à companhia uma oferta para a aquisição da totalidade de sua participação no Grupo Éxito. A oferta vinculante tem valor equivalente a US$ 836 milhões, a ser pago em dinheiro pela participação acionária total de 96,52% do GPA no Éxito.

Segundo Leandro Petrokas, especialista da Quantzed: “o mercado gostou bastante dessa notícia, dado que o Éxito faz parte do guarda-chuva do Grupo Pão de Açúcar. Nessa semana, também tivemos um comunicado do Cassino dizendo que a empresa tem interesse em vender ativos na América Latina. Nesse sentido, o mercado viu essa transação com bons olhos”.

Na ponta negativa, os papéis da R3 Petroleum (RRRP3) e do Iguatemi (IGTI11) recuaram 1,44% a R$ 29,47 e 0,64% a R$ 21,57.

No exterior

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 subiram 0,80% e 0,45% com as ações dos bancos em alta, depois que os principais credores do país passaram no teste de estresse anual do Federal Reserve, enquanto dados econômicos fortes alimentavam apostas de novos aumentos de juros pelo banco central.

Uma queda inesperada nos pedidos de auxílio-desemprego e uma forte revisão para cima no PIB do primeiro trimestre dos EUA enfatizaram a resiliência econômica do país e consolidaram a probabilidade de que o Fed aumentará ainda mais a taxa de juros este ano.

Na Europa, os mercados acionários subiram, com a varejista sueca H&M subindo após lucro trimestral mais forte do que o esperado. Porém, dados mostraram que a inflação na maior economia da zona do euro subiu mais do que o esperado em junho, interrompendo um declínio constante desde o início do ano, no que os analistas dizem ser provavelmente um ponto fora da curva.

(Com Reuters)

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