Ibovespa recua com queda de 3,16% da Vale

Nesta quarta-feira (28), o Ibovespa caiu 0,72% e fechou a 116.677,59 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 19,5 bilhões. O mercado acompanhou a queda das ações da Vale (VALE3), que recuaram 3,16% mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China. O ScotiaBank reduziu o preço-alvo dos papéis da mineradora para US$ 16 (R$ 76,8), de US$ 20 (R$ 96) antes.

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Destaques do dia

Liderando as baixas, os papéis da BRF (BRFS3) e da JBS(JBSS3) caíram, respectivamente, 4,38% a R$ 8,29 e 4,22% a R$ 16,34. Segundo Andre Fernandes, da A7 Capital: “a Br Foods sofre com a repercussão de um caso de gripe aviária identificado em outra ave no Espírito Santo. Apesar de a empresa não ter plantas no Espírito Santo, ela acaba se prejudicando por conta das repercussões que podem ter em relação às exportações de frango do Brasil”.

Na ponta positiva, a Yduqs (YDUQ3) e a Embraer (EMBR3) subiram 4,63% a R$ 17,85 e 4,30% a R$ 18,18. A Embraer tem valorização após recuar 15,5% nos cinco pregões anteriores. O número de pedidos mais fraco do que o esperado reportado pela fabricante de aviões na maior feira aérea do mundo na semana passada decepcionou investidores, mas alguns analistas viram pontos positivos no evento, como o retorno da empresa à China.

No exterior

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram, pressionados por uma reportagem de que os EUA podem reduzir as vendas de chips de inteligência artificial para a China, enquanto o chair do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, manteve um tom agressivo em falas que os investidores aguardavam.

Os índices de Wall Street tiveram uma sequência de perdas interrompida na terça-feira (27), com dados econômicos otimistas diminuindo os temores de uma recessão iminente, embora tenham aumentado as chances de o Fed elevar os juros novamente no próximo mês.

Na Europa, os mercados acionários subiram depois que dados robustos dos EUA acalmaram as preocupações sobre uma forte desaceleração econômica, mesmo após alertas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, de que o BCE ainda não vê evidências suficientes de um arrefecimento da inflação.

Segundo Rachel de Sá, chefe de economia da Rico: “em um dia marcado por reuniões de presidentes de Bancos Centrais das principais economias do mundo, o foco de investidores seguiu na temática de inflação e juros. O presidente do BC americano, Jerome Powell, deu mensagem firme e sinalizou que o atual ciclo de alta de juros ainda não se encerrou nos Estados Unidos. Já do lado europeu, a presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que não vê uma recessão muito severa na região, apesar de também deixar claros os planos de seguir com a alta de juros na Zona do Euro”.

(Com Reuters)

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