Depois do sucesso da última edição, Beto Pacheco anuncia a nova e terceira edição do seu Baile do BB – dia 25 de agosto no badalado Hotel Rosewood, em São Paulo.
Inspirado pelo movimento disco que dominou o final dos anos 70 e o glamour das noites de Manhattan, o tema escolhido foi Disco Couture Ball. “Este ano me inspirei no lendário Studio 54, que entrou para a história como o maior símbolo da era da discoteca”, conta Beto, que realiza o evento ao lado do seu sócio, Tiago Moura.
Nesta edição, a noite para 900 pessoas vai contar com um leilão beneficente de experiências exclusivas, com todo o valor arrecadado revertido para a Casa Santa Teresinha, instituição que cuida de crianças e adolescentes com genodermatoses, doenças genéticas raras e graves, que afetam a pele e outros órgãos.
Beto conversou com a Forbes sobre os desafios e realizações de montar uma festa do zero, a diversidade nos mailings de luxo e a origem do apelido “bebê”, entre outras curiosidades. Confira a entrevista a seguir.
É conhecido por assinar os mailings das festas mais concorridas do Brasil. Por que decidiu ter sua própria festa?
A decisão de ter minha própria festa veio de um momento de reflexão durante a pandemia. Sempre tive o sonho de ter uma festa com meu nome, mas nunca tinha tempo para desenvolver, pois sempre estava trabalhando para outras pessoas e marcas. O Tiago Moura, que se tornou meu sócio, foi quem me deu esse “empurrão” para fazer a minha própria festa e, a partir disso, comecei a pensar como ela seria.
No que se inspirou para criar o Baile do BB?
Lembrei de todos os momentos mais marcantes da minha carreira, de mais de 25 anos como Relações Públicas, e com certeza um deles foi o Amfar, que trabalhei durante oito anos, além do BrazilFoundation e o Raising Malawi, evento beneficente da Madonna. Quando comecei a refletir sobre tudo isso, tive a certeza de que se fosse fazer uma festa com meu nome, seria um baile de gala com cunho social.
Qual a diferença em assinar o mailing de uma festa e produzir uma festa do zero?
Quando o cliente me contrata, ele dá as diretrizes, o que é importante para ele e eu sigo à risca as coordenadas. Quando se tem a oportunidade de fazer uma festa própria, é possível desenvolver e ter a liberdade de colocar em prática o que você sempre quis. Então para mim, é a realização de um sonho.
Quais os maiores desafios que encontrou pelo caminho?
Os maiores desafios de uma festa proprietária é partir do zero. Desde o tema e o local, até encontrar parceiros que acreditem nos seus sonhos e ajudem a levantar a festa financeiramente.
Na primeira edição, o Baile do BB arrecadou R$1 milhão para a Casa Santa Teresinha, que cuida de crianças com problemas raros de pele. Este ano vão fazer um leilão beneficente com a renda 100% revertida para a casa. Como conheceu o trabalho deles?
Conheci a Casa Santa Teresinha por meio da Donata (Meirelles) e do Nizan (Guanaes). Na época, eles fizeram um evento com a Tania Bulhões, onde parte da venda foi revertida para a Casa Santa Teresinha. A Donata me indicou como RP para este evento e a partir dai, comecei a me envolver com a instituição. Quando decidi fazer o Baile do BB, sabia que ele teria um cunho social e seria com a Casa Santa Teresinha. Quero levar amor e incentivo financeiro para continuarem seus tratamentos, que são muito caros, em sua grande maioria.
Os mailings dos eventos de luxo estão cada vez mais diversos. Como vê essa transformação?
Sempre ajudei na entrada da diversidade nas festas de luxo. Minhas amigas drag queens, travestis, trans, pretas e plus size sempre frequentaram meus mailings. O que estamos vivendo hoje, com a diversidade nos circuitos, sempre foi algo muito natural no meu trabalho. Lutei por isso e acho muito importante o que está acontecendo.
Como surgiu o apelido “bebê”?
Sempre gostei de sair, mas com conforto. Não gostava de lugares muito cheios e quando saía para uma boate, queria ficar sentado em um sofá. Ou, se fosse para a praia, queria ficar perto de uma espreguiçadeira. A Donata Meirelles brincava que eu era o “bebê conforto”, gostava de conforto, e assim, nasceu meu apelido.
Em todos esses anos como RP, qual a história que mais te marcou?
Estava jantando com a Naomi Campbell em São Paulo e comentei que queria trazer uma atração especial para o Amfar Brasil. Ela teve a ideia de conversarmos com o Riccardo Tisci, na época estilista da Givenchy, e coincidentemente estava em São Paulo. Fomos ao encontro dele, e eu disse que meu sonho era trazer o Rick Martin para o evento. Ele pegou o telefone e ligou para o Rick na minha frente, em duas semanas, ele topou. Foi algo muito especial. Tive a ideia de trazer a Ivete Sangalo para cantar com ele, o que deu certo com a ajuda da Marina Morena. Juntos viabilizamos esse encontro. Foi um grande sonho realizado.
Confira quem já passou pelo Baile do BB.
O post “Sempre ajudei na diversidade das festas de luxo”, diz Beto Pacheco apareceu primeiro em Forbes Brasil.