O inverno chegou e com ele as doenças típicas da estação, tanto as alérgicas como rinite, asma e bronquite, quanto as relacionadas a infecções de vias aéreas como pneumonias e sinusites.
A gripe, por exemplo, é uma infecção viral causada pelo vírus influenza. Ela é altamente contagiosa no inverno e pode ser transmitida por meio de espirros, tosse, contato com superfícies contaminadas e até mesmo pelo ar.
A médica Adriana M. O. Castro, diretora das Emergências da Rede Hospital Casa, explica que o frio, além de diminuir a imunidade, também leva as pessoas a passarem mais tempo em ambientes fechados, o que contribui com a disseminação de vírus e bactérias.
“Neste período também são marcantes fatores relacionados aos patógenos. O rinovírus, causador do resfriado comum, se replica mais rapidamente e permanece infeccioso por mais tempo em temperaturas mais frias. Temos ainda estudos sugerindo que o clima frio altera a membrana externa do vírus influenza, facilitando a transmissão”, conta.
Além disso, alterações bruscas da temperatura, baixa umidade do ar e poluição atmosférica alteram o tecido das vias aéreas, diminuindo seus mecanismos de defesa naturais, aumentando o risco de infecções.
Então, como se proteger?
Para prevenir todos esses problemas, é fundamental adotar alguns cuidados, como evitar aglomerações e higienizar corretamente as mãos. Também é importante beber bastante água e manter uma alimentação saudável para fortalecer o sistema imunológico.
Outra medida essencial, de acordo com a médica, é atualizar as vacinas e se expor ao sol para produzir vitamina D, nutriente que combate infecções. “Cada uma dessas medidas tem sua importância, mas, principalmente, vacine-se e vacine as crianças”, orienta.
Sinais de alerta
Outra dúvida comum, sobretudo de pais e mães com filhos pequenos, é quando procurar a emergência. Por isso, a especialista listou os sintomas que exigem atenção médica.
Febre alta maior que 39 graus ou calafrios e sudorese intensa;Febre por mais de três dias;Falta de ar;Sonolência excessiva;Dor de ouvido;Dor de garganta que limita a ingestão de água ou alimentos;Dor abdominal;Vômitos;Perda de peso;Sintomas que melhoram e tornam a piorar,Choro constante.