Ibovespa sobe com desaceleração da inflação e ata do Copom amena

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O Ibovespa iniciou as negociações desta terça-feira (27) em alta, impulsionado pela desaceleração da prévia da inflação e pela ata do Copom, que indicou a possibilidade de um corte de juros “parcimonioso” em agosto. Por volta das 10h15, o indicador registrava 0,16% de valorização, atingindo 118.288,80 pontos. Enquanto isso, o dólar apresentava uma leve queda de 0,06%, sendo negociado a R$ 4,76.

A prévia da inflação de junho ficou em 0,04%, após registrar uma taxa de 0,51% em maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE, apontou que a maior variação e impacto vieram do grupo Habitação, enquanto o grupo Transportes, devido à queda no preço dos combustíveis, influenciou negativamente a variação. A gasolina foi o subitem com maior impacto individual no IPCA-15 de junho.

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O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, registrou uma taxa de 1,12%, menor do que os 3,04% do mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, a variação da prévia da inflação foi de 3,40%, abaixo dos 4,07% observados nos 12 meses anteriores. Em junho de 2022, a taxa foi de 0,69%.

Além da desaceleração da inflação, os investidores estão otimistas com a ata da última reunião do Copom, na qual a taxa Selic foi mantida em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva. O documento sinaliza que a maioria dos membros do Comitê vê a possibilidade de iniciar um afrouxamento monetário “parcimonioso” na próxima reunião, em agosto, desde que um cenário de inflação mais favorável se consolide, enquanto uma minoria adota uma postura mais cautelosa.

Segundo a ata, houve divergência de opiniões em relação à sinalização dos próximos passos. A avaliação predominante foi de que a continuação do processo desinflacionário em curso, com impacto nas expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo gradual de flexibilização na próxima reunião. Por outro lado, um grupo mais cauteloso destaca que a dinâmica desinflacionária ainda reflete o recuo de componentes mais voláteis e que a incerteza sobre o hiato do produto gera dúvidas sobre o impacto do aperto monetário implementado até então.

Em relação ao Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE, registrou-se um aumento de 4,1 pontos em junho, ultrapassando a marca dos 90 pontos pela primeira vez desde o início da pandemia. O resultado, de 92,3 pontos, representa o maior nível desde fevereiro de 2019, quando o índice estava em 94,5 pontos.

Mercado Internacional

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse que o crescimento econômico da China no segundo trimestre será maior do que no primeiro, e o país deverá atingir a meta de expansão anual de cerca de 5%. O PIB do país asiático cresceu 4,5% nos primeiros três meses do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior, mas o ímpeto diminuiu acentuadamente desde então.

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Vários grandes bancos cortaram suas previsões para o PIB de 2023 depois que dados de produção industrial e vendas no varejo de maio ficaram abaixo das previsões e indicaram que Pequim precisaria tomar mais medidas para sustentar a recuperação pós-Covid.

O temor de recessão global persiste entre os investidores de todo o mundo, principalmente após as declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. A inflação na zona do euro entrou em uma nova fase, que pode durar algum tempo, disse Lagarde, delineando uma longa luta contra o aumento dos preços que deve afetar a demanda e forçar as empresas a reduzir os preços.

O BCE elevou os juros em cada reunião ao longo do último ano, aumentando sua taxa de depósito para 3,5% e prometeu mais aperto em julho, na tentativa de conter a inflação, que ainda está três vezes acima de sua meta de 2%.

Confira os principais índices:

EUA (futuros):

Dow Jones: -0,15%
S&P 500: +0,10%
Nasdaq: +0,37%

Europa:

DAX (Frankfurt): -0,12%
FTSE100 (Londres): -0,19%
CAC 40 (Paris): -0,15%

Ásia:

Nikkei (Tóquio): -0,49%
Kospi (Coreia): -0,03%
Xangai (China): +1,23%

(Com Reuters)

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