A colheita da segunda safra de milho do Brasil, estimada em um recorde na temporada 2022/23, deverá acelerar nesta semana, considerando o tempo mais seco em grande parte do país, de acordo com especialistas.
Até o final da semana passada cerca de 10% da área total havia sido colhida, aproximadamente metade do registrado no mesmo período do ano passado, quando os trabalhos de campo foram mais antecipados também por um plantio mais precoce, segundo consultorias privadas.
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Em 2023, chuvas ainda limitaram a entrada das máquinas nas lavouras neste início. Com o tempo agora mais seco, o cenário deve mudar.
“Previsões para o centro do Brasil trazem um cenário propício à manutenção da colheita em aceleração nestes próximos 15 dias, pelo menos”, disse o diretor da consultoria Pátria AgroNegócios em nota.
O tempo mais seco no Centro-Oeste, Sudeste e Sul deve também favorecer a colheita de outros produtos, como cana, após uma primeira quinzena mais chuvosa. Também deve ajudar nos trabalhos nos cafezais.
“Tempo aberto em praticamente todas as regiões produtoras do Brasil… essas condições serão favoráveis ao desenvolvimento das lavouras de inverno, tratos culturais e colheitas”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos.
Agricultores brasileiros tinham colhido 9,3% da área plantada da segunda safra de milho na região centro-sul até a última quinta-feira, um aumento de 4,6 pontos percentuais em relação à semana anterior, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira (26).
No mesmo período do ano passado, a colheita de milho alcançava 20,3% da área, afirmou a AgRural, notando que os trabalhos deste ano foram dificultados pela elevada umidade dos grãos.
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“Mais uma vez, os trabalhos continuaram concentrados em Mato Grosso… Outros Estados registram colheita em áreas pontuais desde a semana passada, mas a melhora do ritmo ainda depende da queda da umidade”, disse a consultoria em nota.
A AgRural estima produção recorde para o milho na temporada 2022/23, em 127,4 milhões de toneladas, somando todas as safras. A produção da “safrinha”, que passará por nova revisão no fim de junho, é projetada em 97,9 milhões de toneladas.
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