Stockton Rush, o CEO da OceanGate que morreu no submersível Titan, disse em uma entrevista há dois anos que havia “quebrado algumas regras” no projeto do submarino, justificando que as quebrou “com lógica e boa engenharia por trás”.
“Gostaria de ser lembrado como um inovador. Acho que foi o General [Douglas] MacArthur quem disse: ‘Você é lembrado pelas regras que quebra.’ E eu quebrei algumas regras para fazer isso. Acredito que as quebrei com lógica e boa engenharia ao meu lado”, disse Rush na ocasião. “É escolher as regras que você quebra, aquelas que agregarão valor aos outros e à sociedade, e isso, para mim, é inovação.”
Veja 6 perguntas sobre o submarino do Titanic a serem respondidas:
Rush, que liderou a OceanGate com a missão de tornar a exploração em águas profundas acessível a turistas, construiu a embarcação com fibra de carbono e titânio, o que vai contra os padrões da indústria. A afirmação foi feita em uma entrevista de 2021 com Alan Estrada, um vlogger que acompanhou Rush em uma viagem aos destroços do Titanic a bordo do submarino.
O submarino era “experimental” e não havia sido aprovado por “nenhum órgão regulador”, segundo o repórter da CBS David Pogue, que viajou no Titan até o fundo do mar no ano passado e também se perdeu por algumas horas.
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O submersível havia feito anteriormente duas viagens bem-sucedidas ao Titanic, embora cientistas da Sociedade de Tecnologia Marinha tenham levantado preocupações e escrito uma carta para a OceanGate em 2018. Nela, eles criticavam a empresa por não cumprir os padrões da indústria para segurança de embarcações e insistiam que ela enviasse um protótipo para revisão, de acordo com uma carta obtida pelo New York Times.
Fim trágico
Um robô não tripulado de águas profundas de um navio canadense encontrou os destroços do submersível na manhã de quinta-feira (22) a cerca de 488 metros da proa do Titanic, 4 km abaixo da superfície, disse o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, em uma coletiva de imprensa.
“O campo de detritos é consistente com uma implosão catastrófica do veículo”, disse Mauger.
As cinco pessoas a bordo incluíam o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o magnata dos negócios nascido no Paquistão Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, de 19, ambos cidadãos britânicos; o oceanógrafo francês e especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet, 77, que visitou os destroços dezenas de vezes; e o norte-americano Stockton Rush, fundador e executivo-chefe da OceanGate, que pilotava o submersível.
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